Perigo se aplica a todos os pais e famílias.

Escolas do Sesi oferecem aos pais de alunos curso gratuito sobre perigos das redes sociais
Midias sociais, perigo dentro de casa e fora de casa. / Foto: Web

Dos aspectos lúdicos às fontes de pesquisa inesgotáveis, a Internet oferece diversos recursos que contribuem para a formação de crianças e adolescentes, sendo, inclusive, grande aliada das instituições de ensino em sala de aula no momento da aprendizagem. Por outro lado, a rede mundial de computadores pode oferecer riscos não só para os pequeninos, mas para todos os membros de uma família, principalmente quando se trata de redes sociais como Facebook, Instagram, YouTube, Twitter e WhatsApp.

Pensando neste cenário, a rede de escolas do Sesi de Mato Grosso do Sul abriu inscrições para que os pais ou responsáveis dos alunos possam fazer o curso “Redes Sociais: Perigos que Rondam sua Família”, que é gratuito e oferecido na modalidade a distância. As inscrições podem ser realizadas nas secretarias das escolas do Sesi no Estado até a próxima quarta-feira (28/03) e, no ato da matrícula, os pais ou responsáveis receberão login e senha para acessar o conteúdo do curso, que ficará disponível no ambiente virtual do Sesi, o “Aprenda+”, até o dia 30 de junho.

Desta forma, os interessados podem estudar em horários flexíveis e que melhor se encaixem na rotina de trabalho e cuidados com a casa e a família. Entre os temas abordados estão o comportamento online, cyberbullying, onde se encontram os maiores perigos da Internet, relacionamento virtual entre pais e filhos, como se aproximar dos filhos no ambiente virtual e ferramentas de bloqueio de conteúdo.

Aproximação

“Em tempos de Internet das coisas precisamos nos aproximar dos canais e conhecer os benefícios e riscos que estão postos. Assim, as escolas do Sesi trazem para seus parceiros, pais e alunos essas informações sobre as redes sociais porque é preciso discutir com nossos filhos o uso saudável e ético da Internet. Este é um compromisso com a educação para além da sala de aula”, afirmou a gerente de educação do Sesi, Simone Cruz.

Estudo conduzido por cientistas da computação do Instituto Politécnico da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, aponta o quanto é difícil regular as vidas digitais de menores na web. No caso do Facebook, por exemplo, estão proibidos adolescentes menores de 13 anos, porém, existem mais de cinco milhões de crianças nesta faixa etária que usam a rede.

A analista técnica do Sesi, Glaucia Campos, que coordena o curso, aponta a importância de alertar a família para os perigos que rondam a Internet e as redes sociais. “Muitas crianças e jovens se envolvem em situações de riscos por falta de informação e de diálogo junto à sua família. Esse curso será uma grande oportunidade para atualização pessoal e profissional de todos os envolvidos com a área de Educação”, avalia.

Para o analista técnico do Sesi, Danilo Jovê, que autuou no desenvolvimento da capacitação, destaca que a tecnologia está cada vez mais presente no universo dos jovens. “Todas as famílias estão cada vez mais tecnológicas e é importante para os pais estarem integrados e familiarizados nesse ambiente tão dominado pelos jovens”, pontuou.

Confira os 5 principais riscos para as crianças nas redes sociais:

1 - Comunidades - podem ser formadas comunidades no WhatsApp e na Internet onde as crianças compreendem, se apoiam no sofrimento, as induzem à depressão ou aos transtornos alimentares:

- Pró Ana e Mia: dieta extrema induz as meninas e as pré-adolescentes à anorexia. São colocadas metas de menores calorias consumidas e afirmam que tudo o que a nutrem as matam.

- Pró suicídio: induz as crianças ao suicídio, à ansiedade e à depressão.

- Pró vigorexia: estimulam as crianças a realizar exercícios ao extremo, a consumir proteínas ou inclusive anabolizantes para mostrar um corpo cada vez mais perfeito, sem gordura e todo definido.

2 – Pornografia - segundo a especialista é muito fácil que baixem fotos do nosso perfil ou de nossos filhos e essas fotos sejam usadas em portais da internet para promover a pornografia infantil. 

3 – Chantagens - obtendo fotografias dos nossos filhos desnudos, os delinquentes ou os mesmos adolescentes podem começar uma chantagem obtendo favores sexuais ou dinheiro em troca do silêncio do menor.

4 – Grooming – Por meio de um perfil falso na Internet, pessoas mal-intencionadas podem estar se aproximando com intenções sexuais ou de rapto a uma criança. Por trás de amizades virtuais e até mesmo do estrangeiro pode estar se escondendo um pedófilo.

5 – Violência – Por meio de comunidades mencionadas podem se dar fenômenos de desafios ou lutas que alguns sites da Internet incitam aos menores a realizar. Por isso, vemos tantos vídeos de brigas entre crianças e jovens postadas na Internet.