Os três parlamentares se reuniram com o ministro da Sáude, Marcelo Queiroga, nesta quinta-feira.

Após negativa do Ministério da Saúde em reservar as 3 milhões de doses da vacina Janssen, contra a Covid-19, para Mato Grosso do Sul, a bancada federal pleiteia agora 126 mil doses extras, além das 31 mil que já devem ser destinadas ao Estado. A informação é dos senadores Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (PSL) e Nelsinho Trad (PSD), que se reuniram com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na manhã desta quinta-feira (10). 

"Tivemos audiência com o ministro, fizemos um apelo de uma atenção maior em função da situação da pandemia em Mato Grosso do Sul, por mais vacina, para amenizar a situação", começou Nelsinho. Ao lado, a senadora Soraya comentou sobre a expectativa criada em torno das 3 milhões de doses - que seriam suficientes para imunizar todo o Estado, em colapso sem vaga hospitalar e explosão de casos de coronavírus.

"O ministro nos garantiu que esta parte excedente, existe uma parte excedente, que ele pode tentar articular para que vá pra MS. Nós estamos com pedido de 126 mil doses a mais da Janssen, com fundamento de que estamos vacinando muito bem e em momento de colapso". 

Simone Tebet citou Mato Grosso do Sul como epicentro da pandemia no Brasil, atualmente. "Os pacientes estão sendo transferidos porque não tem UTI". Segunda a senadora, o ministro assumiu compromisso de tentar liberar mais doses para o Estado, não só as extras da Janssen, mas as demais, uma vez que, além de ser o que mais vacina e também estar em situação crítica, MS faz fronteira com dois países, Bolívia e Paraguai.

Agora, o ministro deve submeter o novo pleito ao Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e PNI (Plano Nacional de Imunização), sob a justificativa de que as doses, que ainda não chegaram no Brasil, tem data de validade em 27 de junho. "Mato Grosso do Sul, pela distância, além de chegar rápido, tem a capacidade de imunizar em 48 horas. Essas doses não serão perdidas. Estamos no ápice, não estamos lotados só os nossos hospitais, mas de estados vizinhos".