Compatibilidade com a filha e o fato de um dos rins dele ser de tamanho menor que o comum para a estatura dele, surpreendeu o pai.

Engenheiro doa rim para filha com síndrome degenerativa:
Rodrigo brinca com a filha Rafaela / Foto: Reprodução/TV Morena

A notícia da necessidade de um transplante de órgãos assusta qualquer família, ainda mais quando quem precisa é uma criança. Com a do engenheiro civil Rodrigo Rodrigues Coelho Sales e da promotora de eventos, Naira Roberta Rosa dos Santos não foi diferente.

A boa notícia veio logo nos exames de compatibilidade dos dois. " A doutora que nos atendia abriu o primeiro o resultado da Naira e nos explicou: a resultado se da um número que vai 000 a 999. Quanto mais baixo o número mais compatível é. Então abriu o da Naira e deu em torno de 120. Para 120 até 999 é um resultado muito bom. E pra nossa surpresa e felicidade, o meu resultado deu 001. Então o resultado extremamente favorável ao processo", lembra Rodrigo.

A filha do casal, Rafaela, hoje tem 5 anos e leva uma vida normal como qualquer criança. Mas no começo não era assim. A menina nasceu com uma síndrome degenerativa nos rins, de causa genética, e aos dois anos e meio, a pequena teve uma pneumonia que causou a falha total dos rins e a solução era o transplante.

As duas irmãs ou os pais de Rafaela poderiam ser compatíveis e então, Naira e Rodrigo fizeram os exames primeiro. Após a notícia de que o pai poderia ser o doador, mais uma preocupação: " Saber se o rim dele caberia nela, porque ela era um bebezinho, ela era muito pequenininha, ela não tinha um desenvolvimento adequado", fala Naira.

Rodrigo fez novos exames e, enfim, a notícia de que ele seria o doador sim:

"Num dos exames, mostrou todas as dimensões das minhas artérias, veias, órgãos, principalmente a parte renal. Identificou-se que um dos meus rins tinha uma dimensão menor do que um rim de um homem da minha estatura. Então foi muito curioso. Eu até brinco com as pessoas e digo: esse rim nunca foi meu, eu sempre guardei pra ela. Eu só devolvi pra ela esse rim.

O transplante foi feito quando Rafaela tinha três anos. Desde então ela toma remédio diariamente para evitar a rejeição e leva um vida normal. A família é grata a Deus pela saúde da filha mais nova.

"Toda vez que eu olho a Rafa entrando na escola, eu agradeço a Deus. Todas as vezes que eu vejo ela correndo com os amiguinhos, todas as vezes que eu vejo ela brava, porque ela brava pra caramba, eu agradeço a Deus. Então, a gente tem agradecido muito a Deus por tudo, por todo esse processo que tem dado certo. Eu acho que a Rafa ter vindo pra gente foi com propósito muito claro: A Rafa veio pra conferir mais união, mais amor a nossa família e com certeza aumentou a fé que a gente tem em Deus, infinitamente", finaliza Rodrigo.