Durante essa semana, integrantes do Ministério das Relações Exteriores e do MDIC terão reuniões técnicas com seus colegas do USTF (Departamento de Comércio e da Representação Comercial dos Estados Unidos).

Essa fonte adiantou os temas que estarão sobre a mesa no provável encontro com Trump. "Lula vai primeiro pedir a suspensão da taxação de produtos brasileiros hoje a mais alta do mundo, 50%, a inclusão de outros produtos na lista de exceções café, carne, calçados, etc e se comprometer com o fim da consulta na Organização Mundial do Comércio."
O Brasil recorreu à OMC em agosto alegando que as tarifas unilaterais do governo americano ao Brasil não respeitam acordos e convenções estabelecidos pela organização.
Segundo esse negociador, o etanol não deve entrar ainda. Terras raras e big techs também devem ficar para um segundo momento. "Isso tudo depende de regulação. Alexandre Silveira (ministro de Minas e Energia) está prometendo para daqui a algumas semanas um conselho sobre minerais estratégicos. O Brasil já mantém proximidade com os Estados Unidos nessas aéreas, como defesa, por exemplo. Há empresas interessadas (em exploração de minerais críticos e terras raras) daqui e de lá. Pode avançar, sim", conclui.
Outro assunto que preocupa Lula é a escalada do tom do presidente americano contra a Venezuela e a Colômbia. No fim de semana, Trump chamou o presidente Gustavo Petro de "líder do tráfico de droga ilegal" e afirmou que vai cancelar o envio de pagamentos e subsídios ao país sul-americano. Forças americanas alvejaram diversas embarcações principalmente venezuelanas, mas também colombianas no mar do Caribe sob o argumento de que são narcoterroristas transportando drogas.
No Itamaraty, o tema é tratado com cautela. Um embaixador afirmou à coluna que "a prioridade é a relação bilateral (Brasil-EUA). Assuntos regionais podem ser tratados, mas esse não é o foco".
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