Empresa espanhola está investindo em torno de R$ 600 milhões nos aeroportos de Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá
Com três de seus 17 aeroportos em Mato Grosso do Sul, a estatal espanhola Aena conseguiu empréstimo de R$ 4,64 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investir nos aeroportos administrados pela companhia no Brasil, entre eles Congonhas, em São Paulo.
Em Mato Grosso do Sul a empresa administra os aeroportos de Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá, nos quais está investindo em torno de R$ 600 milhões. Em Ponta Porã, as obras da primeira fase foram concluídas há pouco mais de uma semana. As áreas de embarque foram ampliadas de 770 metros quadrados para 1.419. Ao final das obras, o espaço terá em torno de 2,6 mil metros quadrados.
Em Corumbá, o terminal passará de 1.950 metros quadrados para 2.850. Nas duas cidades do interior a capacidade operacional chegará a 100 mil embarques e desembarques por ano.
Em Campo Grande estão em andamento reformas que vão demandar mais de R$ 300 milhões. Entre as principais mudanças está a instalação de três pontes de embarque, os chamados fingers. O prazo para conclusão destas melhorias é junho do próximo ano.
As reformas propostas vão permitir ao aeroporto de Campo Grande atingir uma capacidade de 2,6 milhões de passageiros ao ano. Além da construção de um segundo piso no terminal de passageiros e instalação das pontes de embarque, haverá reforma do pátio de aeronaves e ampliação do estacionamento. A Aena assumiu a gestão do aeroporto em 13 de outubro de 2023.
Além de Congonhas e dos três aeroportos de Campo Grande, a Aena também está fazendo investimentos nas pistas de Santarém, Marabá, Carajás e Altamira, no Pará; e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais.
Antes destes investimentos, a empresa já havia feito ampliações em seis pistas do Nordeste, nas cidades de Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande e Juazeiro do Norte. Nestas cidades foram investidos em torno de R$ 2 bilhões e os trabalhos estão na fase final.
“O apoio financeiro do BNDES inclui a subscrição de debêntures, no valor de R$ 4,24 bilhões e um financiamento no valor de R$ 400 milhões”, afirmou o banco em comunicado nesta segunda-feira. “Somando debêntures (R$ 5,3 bilhões) e linha Finem do BNDES (R$ 400 milhões), o financiamento total para a Aena será de R$ 5,7 bilhões”, acrescentou.
O prazo para a conclusão dos investimentos em Congonhas é junho de 2028 enquanto nos demais aeroportos a data prevista é junho de 2026.
Os investimentos em Congonhas incluem R$ 2 bilhões para a construção de um novo terminal de passageiros, com mais que o dobro do tamanho atual, passando de 40 mil metros quadrados para 105 mil, afirmou o banco. Os aportes preveem ainda a ampliação do pátio de aeronaves e novas pontes de embarque.
“O número de passageiros em aeroportos do país vem crescendo com a expansão sustentada da economia”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, no comunicado. Segundo Mercadante, em 2024, os aeroportos operados pela Aena movimentaram 27,5 milhões de passageiros, representando 12,8% do total dos aeroportos brasileiros.
“Além do volume financeiro relevante, essa operação conta com uma estrutura inovadora, com opção de ‘repricing’, em condições específicas, desenvolvidos pelas equipes Aena, BNDES e Santander, muito importante para os retornos adequados de nosso projeto”, disse o diretor financeiro da Aena Brasil, Rodrigo Rosa, no comunicado.











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