Organização criminosa, segundo investigação, agia de maneira violenta para estabelecer domínio no Estado.

 Em segunda ação contra o jogo do bicho, Gaeco cumpre 12 mandados de prisão
Policial do Garras com material apreendido na primeira fase da operação, desencadeada no dia 5 deste mês. / Foto: Marcos Maluf / arquivo

A segunda fase da Operação Successione, contra o jogo do bicho, foi deflagrada pelo Gaego (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), nesta quarta-feira (20), para cumprir 12 mandados de prisão preventiva e 4 de busca e apreensão em Campo Grande.

Conforme o Gaeco, a partir do material apreendido durante a primeira fase, desencadeada no dia 5 deste mês, foi descoberto o envolvimento de outras pessoas na organização criminosa, que agia de maneira violenta para estabelecer o domínio no Estado.

Mesmo depois da ação policial ocorrida em outubro, quando máquinas caça-níqueis foram apreendidas pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), numa casa no Bairro Monte Castelo, o grupo continuou a investir na aquisição de máquinas para operar o jogo do bicho na cidade.

Segundo o Gaeco, a organização é integrada por policiais militares da reserva e ex-policial militar (excluído dos quadros da corporação), que se valiam da condição, especialmente do porte de arma de fogo, para dominar a exploração do jogo ilegal aos mandos e desmandos da organização criminosa.

Ao final desta fase da investigação, o Gaeco concluiu que 15 pessoas, todas denunciadas no fim da tarde de ontem (19), cada qual a sua maneira, integravam organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes graves.

O nome da operação faz alusão à atual disputa pelo controle do “jogo do bicho' em Campo Grande, com a chegada de novos grupos criminosos que migraram para a Capital após a “Operação Omertà'.