Em MS, idosa morre em UPA após conseguir transferência na Justiça
/ Foto: Reprodução/ TV Morena

A idosa Paulina Maria da Silva, de 84 anos, morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino, na madrugada desta quinta-feira (16), horas depois de conseguir transferência para um hospital em Campo Grande. Ela esperou 34 horas e seria transferida depois de a filha, professora Elza Calves, procurar o Ministério Público do Estado (MP-MS).

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que a idosa recebeu todo atendimento necessário. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Regional, as informações sobre a paciente estão sendo apuradas. Atualmente, o hospital tem 40 internações acima da capacidade do Pronto Atendimento Médico (PAM).

Depois de esperar 34 horas pela transferência da mãe, Elza procurou o MP-MS que fez um pedido à Justiça. Por volta das 23h de quarta-feira (15) saiu a decisão judicial obrigando o transporte imediato da idosa. A paciente morreu por volta das 2h30.

“Fui falar com o diretor da unidade e ele me orientou que eu fosse procurar o Ministério Público porque infelizmente ele não tinha como fazer nada e que é a orientação que ele está passando para todas as pessoas que se encontram nessa situação”, contou Elza.

Paulina tinha tumor no esôfago e tratava o problema. Há cerca de 10 dias procurou atendimento na UPA do Coronel Antonino de onde foi encaminhada para o Hospital Regional. Mas segundo a família, não havia vaga de internação na unidade. A idosa teria ficado por dois dias no corredor antes de receber alta médica.

A idosa foi para casa, mas dias depois se sentiu mal e voltou à UPA. O coordenador de Urgência e Emergência da Secretaria de Saúde, Frederico Garlipp, disse que na UPA a paciente recebeu o atendimento adequado e que a transferência para um hospital não mudaria a forma de tratamento.

Para a família, deveria ter sido feito tudo para salvar a vida da idosa. “A gente vê a boa vontade dos médicos, dos funcionários, só que é o que eles falam: 'nós somos limitados'”, desabafou Elza.