Em dia de protesto contra Dilma, PSDB terá propaganda na TV

No próximo domingo, dia 15 de março, mais de 40 cidades devem receber manifestações contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Coincidentemente, no mesmo dia, o PSDB, principal partido de oposição, levará ao ar 2 minutos e 30 segundos de propaganda partidária.

As peças, de 30 segundos a 1 minuto, serão transmitidas em rádios e emissoras de TV de todos os Estados do país no horário nobre, das 19h30 às 22h, de acordo com informações da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). Pelo horário, é possível que o partido consiga usar imagens dos protestos nas peças publicitárias.

Inicialmente, a propaganda eleitoral da sigla prevista para o mês de março estava marcada para os dias 3, 7 e 10. Porém, por decisão do TSE, as datas foram alteradas para os dias 7, 15 e 22.

De acordo com o TSE, a mudança ocorreu porque já havia propagandas de outros partidos previstas nas primeiras datas. As inserções dos partidos não podem ultrapassar 5 minutos num mesmo dia.

“A definição das datas não tem nada a ver com as manifestações, até porque nosso pedido foi feito no ano passado”, disse o advogado do PSDB Afonso Assis Ribeiro a EXAME.com.

Na última quarta-feira (11), o PSDB declarou apoio às manifestações, mas frisou que “não terá uma atuação institucional”. “Divulgamos o irrestrito apoio às manifestações pacíficas e democráticas que estão sendo organizadas de forma apartidária por vários setores da sociedade brasileira”, disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à presidência no ano passado.

Imagens da campanha presidencial de Aécio aparecem nos vídeos de divulgação dos protestos de domingo. A divulgação dos atos também conta com a atuação de pessoas que trabalharam na campanha do tucano, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

O partido afirma que, no momento, não é a favor do impeachment da presidente. “Essa não é, nesse momento, a agenda do PSDB”, disse Aécio Neves à Folha. Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que “não adianta” tirar a presidente. "Tirar a presidente da República não adianta nada. O que vai fazer depois?”, questionou.