O BC (Banco Central) divulgou a ata com as motivações que resultaram na manutenção da taxa Selic em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva.

Em ata, Banco Central não dá indícios de corte dos juros no início de 2026
/ Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O documento do Copom (Comitê de Política Monetária) destaca que a preocupação com a inflação ainda persiste e não dá indícios do início do ciclo de cortes dos juros, como prevê o mercado financeiro a partir do primeiro trimestre de 2026.

O que diz a ata
BC não dá sinais de queda da taxa básica de juros. Ao justificar a nova manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, os diretores do Copom avaliam que a decisão é compatível com a estratégia de aproximar a inflação do centro da meta de 3% definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). "A estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta", diz a ata.

Novas elevações da taxa Selic não são descartadas. "O Comitê seguirá vigilante e, como usual, não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado", destaca a autoridade monetária, apesar de reconhecer o arrefecimento da inflação e da atividade econômica. "À luz de tais dados, o Comitê relembra que o arrefecimento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação à meta."