O anúncio do nome foi feito após pressão da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em Brasília, por uma equipe mais plural para tratar das políticas para povos originários.

Eloy Terena é o 4º nome de MS listado na equipe de transição de Lula
vEloy Terena é o 4º nome na equipe de transição de Lula. / Foto: Reprodução

O advogado sul-mato-grossense Eloy Terena, referência nacional da luta indigenista é o 4º integrante de Mato Grosso do Sul na equipe de transição do presidente eleito, Lula (PT). O anúncio do nome foi feito após pressão da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em Brasília, por uma equipe mais plural para tratar das políticas para povos originários.
Eloy vai atuar no grupo de trabalho dos povos originários ao lado de Kleber Karipuna, Eunice Kerexu, Yssô Truká e Weibe Tapeba.
Nascido na Aldeia Ipegue, em Aquidauana, Eloy Terena é advogado indígena com atuação no Supremo Tribunal Federal (STF) e Organismos Internacionais. Coordenador do Departamento Jurídico da Apib, o advogado é doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional (UFRJ) e em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui pós-doutorado em antropologia na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), Paris.
Dono da segunda maior população indígena do País, Mato Grosso do Sul até então não havia sido contemplado na equipe do governo de transição de Lula.

Outros nomes de MS na equipe de Lula
Além de Eloy a ex-secretária Nacional da Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves; o ex-deputado federal João Grandão (PT) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) também representam Mato Grosso do Sul na equipe de transição.

O ex-deputado por Mato Grosso do Sul João Grandão (PT), vai atuar na parte de desenvolvimento agrário. O político coordenou a campanha presidencial petista em Mato Grosso do Sul.
Conhecido como João Grandão, João Batista dos Santos foi vereador em Dourados de 1997 a 1999, deputado federal de 1999 a 2007, primeiro suplente de deputado federal de 2007 a 2014 e deputado estadual entre 2015 e 2018. É filiado ao Partido os Trabalhadores desde 1992.

Moradora de Campo Grande, mas natural de Clementina, no interior de São Paulo, Aparecida Gonçalves foi escalada para cuidar da área de políticas públicas contra a violência de gênero na equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A especialista foi o segundo nome do estado a ser incluído na equipe do petista.
Mais conhecida como Cida Gonçalves, a especialista em gênero e violência contra mulher ocupou o cargo de secretária nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres nos governos de Lula e Dilma Roussef (PT).
Cida trabalha como consultora em políticas públicas para o enfrentamento da violência doméstica e dá workshops a prefeituras e governos estaduais para atuação na área.

Alckmin anunciou no começo do mês que a senadora Simone Tebet (MDB) vai colaborar com a equipe de transição de governo que cuidará da área de desenvolvimento social.
Na eleição, Tebet foi candidata a presidente da República e ficou em terceiro lugar. No segundo turno, anunciou apoio a Lula contra Bolsonaro e participou ativamente da campanha do petista.
"Temos dois desafios grandes: um [na] economia, e o outro social. E eles não disputam, eles são sinérgicos. Eles se somam, eles se complementam, eles não são excludentes. É preciso ter uma agenda de eficiência econômica e de competitividade, e, de outro lado, uma rede de proteção social que é extremamente importante. Então, a Simone, com a sua experiência, e com a sensibilidade, a força da mulher, vai trabalhar conosco na área do desenvolvimento social, que é uma área importantíssima", disse Alckmin.

"Qual é o grande fim desse projeto que se sagrou vencedor nas urnas? É a pauta social. E é disso que nós temos que tratar. Da fome, da geração de emprego, renda, e de recursos para fazer políticas públicas, habitação, melhoria na área da saúde, da educação. Então, nessa divisão, não poderia ter outra opção a não ser escolher desenvolvimento social, e isso foi acatado pelo vice-presidente, e nós vamos colaborar", disse Tebet.
"Nós temos praticamente 40 dias de trabalho intenso para poder não só avaliar, fazer um diagnóstico do que aconteceu nesses três anos e meio no governo Bolsonaro. E, a partir daí, apresentar alternativas para o próximo governo", completou ela.
Até o momento, 15 nomes foram divulgados para compor o grupo temático e mais quatro devem ser anunciados nos próximos dias.