Esposo da ministra Simone Tebet, chefe da Casa Civil prepara saída para concorrer novamente à Assembleia Legislativa; Walter Carneiro é cotado para assumir a pasta.

Eduardo Rocha deve ser o primeiro secretário a deixar o Governo de MS para disputar as eleições de 2026
/ Foto: ASSECOM

O chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Rocha (MDB), deve ser o primeiro secretário a deixar o cargo com vistas à disputa eleitoral de 2026. A saída está prevista para os próximos dias, e o ex-deputado — que é esposo da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) — deve concorrer novamente a uma vaga na Assembleia Legislativa.

Cargo estratégico e sucessão imediata
Rocha ocupa uma das funções mais estratégicas do Governo Estadual, responsável pela articulação política entre o Executivo e o Legislativo. Com sua saída, o adjunto Walter Carneiro desponta como principal nome cotado para assumir o comando da Casa Civil.

A Walter caberá a missão de manter a articulação com os deputados e garantir o apoio da base na reeleição do governador Eduardo Riedel (PP) — cenário que deve exigir intenso trabalho político nos próximos meses.
Cenário de reacomodação partidária
A expectativa é de que grande parte da base aliada de Riedel mude de partido antes do pleito. Muitos deputados ainda não definiram em qual legenda disputarão e aguardam o fechamento das alianças estaduais.
Nos bastidores, parlamentares têm evitado discutir seus planos diretamente com Rocha, por vê-lo como futuro concorrente, além de reconhecerem que ele possui ampla vantagem política pela proximidade com prefeitos, vereadores e lideranças regionais.

Entre Lula e Riedel: o desafio político de Eduardo Rocha
Outro fator que pesa sobre o chefe da Casa Civil é a ligação direta com o Governo Federal, por meio da esposa Simone Tebet, uma das ministras de maior destaque na gestão Lula (PT).
A filiação de Riedel ao PP, partido que tende a apoiar um candidato de oposição ao presidente, criou tensões políticas adicionais, tornando a permanência de Rocha no governo politicamente delicada.

Outros secretários também devem deixar o cargo
Além de Eduardo Rocha, outros dois nomes do primeiro escalão devem se afastar para disputar o pleito de 2026:

Marcelo Miranda, secretário de Turismo, Esporte e Cultura, deve concorrer a deputado estadual;
Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, é cotado para disputar uma vaga de deputado federal.