
Mais de dois meses após denúncia feita pelo Jornal Midiamax, moradores de Campo Grande continuam procurando a polícia na intenção de denunciarem supostos golpes aplicados pelo empresário Maciel Batista dos Santos, proprietário da construtora Casas Campo Grande. As denúncias são investigadas pela Dedfaz (Delegacia Especializada em Repressão a Crimes de Defraudações e Falsificações).
Segundo a delegada Fernanda Félix, que cuida do caso, mais de 20 pessoas registraram boletins de ocorrência contra a empresa ou contra Maciel e, mesmo após ele ser impedido de firmar novos contratos pelo Judiciário, outras vítimas seguem procurando a polícia diariamente. Para a delegada, as provas obtidas até o momento com as investigações apontam que o empresário realmente teria aplicado golpes de estelionato, mas o inquérito ainda não foi concluído.
Segundo a polícia, foi feito pedido de prisão, que foi indeferido pelo Judiciário, ou seja, não foi aceito. Conforme notícia publicada pelo Midiamax em fevereiro deste ano, Maciel já responde outros processos no Paraná e na comarca de Amambai por estelionato, além de já ter sido preso por tráfico de drogas em uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
O empresário também responde uma ação penal, na Justiça Federal, movida pelo Ministério Público. O processo trata de estelionato [artigo 171 do Código Penal], falsidade ideológica [artigo 299 do Código Penal] e crimes contra o sistema financeiro nacional [Lei 7492 de 16 de junho de 1986]. No último termo, a suspeita é de envolvimento com lavagem de dinheiro. Com outras quatro pessoas, Maciel é apontado como acusado no processo, que já está em fase de sentença, a qual será dada pelo juiz Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal.
Vítimas chegaram a relatar para a equipe de reportagem que foram procuradas pelo empresário para fazerem um 'acerto', ou seja, receberem o dinheiro e retirarem a queixa da polícia. A delegada Fernanda esclarece que não há como os registros policiais serem retirados e que todas as denúncias seguem em investigação. Até o momento, não há informação se alguma vítima chegou a receber tal ressarcimento de Maciel.
Além disso, segundo a delegada responsável pelas investigações, o juiz determinou bloqueio das contas do empresário, além de autorizar a quebra de sigilo bancário. Por fim, foi determinado que ele está proibido de firmar novos contratos e há denúncia de que caminhões de mudança estariam levando móveis da construtora para outra cidade no interior do Estado.
Ao fim do inquérito, que deve ocorrer nas próximas semanas, o caso será encaminhado ao Judiciário.
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