Mato Grosso do Sul é um dos cinco estados prioritários para investimentos do Ministério da Justiça.

Na última quarta-feira (8), o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou a construção de mais dois presídios no Complexo da Gameleira, em Campo Grande.
O governador do Estado, Eduardo Riedel, esteve em Brasília na última quarta-feira (8), e se reuniu com o ministro Flávio Dino para repassar demandas de Mato Grosso do Sul, especialmente da área de segurança pública.
Na última quinta-feira (9), durante agenda em Campo Grande, Riedel reforçou a parceria com o Governo Federal, e revelou que Mato Grosso do Sul é um dos cinco estados prioritários para o investimento do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“Serão dois presídios, de 600 vagas cada um, equipamentos, tornozeleiras, viaturas, armamentos”, ressaltou, “o Ministério vai focar no Mato Grosso do Sul, um dos cinco estados prioritários para o Ministério da Justiça”.
Segundo o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, juntas, as novas unidades terão capacidade para 1.206 detentos, e devem custar em torno de R$ 90 milhões.
Os presídios serão construídos no Complexo da Gameleira, que atualmente conta com três unidades prisionais, sendo duas delas masculinas, com capacidade total para 1.206 presos, já entregues pelo Governo do Estado, e a terceira feminina, com capacidade para 407 detentas, que deve ser entregue ainda em 2023.
No local, o Governo do Estado adquiriu estrategicamente uma área de 182 hectares, e destinou 50 delas especificamente para o sistema prisional.
Para garantir a segurança do Complexo da Gameleira, a área no entorno será ocupada pelo Governo do Estado, levando em consideração as particularidades do sistema prisional, não havendo possibilidade de construções de moradias nas laterais dos presídios, como acontece no Complexo do Jardim Noroeste, em Campo Grande.
Estado brasileiro que mais prende
Segundo o titular da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro que mais prende.
“O país que mais prende no mundo é os Estados Unidos, que tem uma média de 655 presos por 100 mil habitantes, aqui no Estado são 704 presos por 100 mil, enquanto a média nacional está em torno de 368 presos por 100 mil habitantes”.
Para o secretário, as prisões - que geram déficit de mais de 5 mil vagas no sistema prisional - são resultado da eficiência da polícia em todo o Estado, principalmente no combate ao tráfico, já que Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro com maior apreensão de drogas.
“Quanto mais você apreende, quanto mais você prende, mais você tem esse impacto na segurança pública, tanto no sistema penitenciário, como nas medidas socioeducativas", comentou.
Somente no ano passado as forças de segurança estaduais tiraram de circulação mais de 516 toneladas de drogas.
"A droga a Polícia Civil incinera, o veículo utilizado no transporte do entorpecente a Sejusp leiloa, mas o autor do tráfico deve cumprir sua pena nas unidades da Agepen, ser ressocializado e devolvido para a sociedade melhor que entrou, o que demanda vagas nos presídios e altos investimentos do Governo do Estado, no custeio do sistema”, destacou Videira.
Segundo dados da Sejusp, atualmente, 42% da população carcerária do Mato Grosso do Sul é oriunda do tráfico de drogas, e metade desses presos são de outros estados. Cada preso custa ao sistema penitenciário estadual em torno de R$ 2.500 por mês.
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