Enquanto um foi detido no Guanandi, outro foi preso no Residencial Oliveira, onde também a polícia localizou cadernos com várias anotações.

Dois homens são presos com armas durante operação do Gaeco em Campo Grande
O caso foi registrado na Depac Cepol. / Foto: Wesley Ortiz/Arquivo

Dois homens, de 44 e 46 anos, foram presos em flagrante na manhã desta terça-feira (26), escondendo armas sendo em uma oficina e uma residência, no bairro Guanandi e no Residencial Oliveira, respectivamente, em Campo Grande. Os dois locais eram, inclusive, alvo de mandado de busca e apreensão por parte do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

No primeiro caso, os policiais do Batalhão de Choque estiveram na oficina do indivíduo e encontraram em um dos cômodos do local, uma pistola de calibre 380, sem carregador. O homem foi autuado em flagrado e levado para a delegacia.

Já no segundo caso, outra equipe do Choque encontrou um revólver de calibre 38, carregado com cinco munições intactas. Mas não apenas isso, os policiais localizaram pelo menos dois cadernos com anotações e recolheram um celular.


Ambos receberam voz de prisão pelo crime de posse irregular de arma de fogo e foram conduzidos para a delegacia de plantão.

Ofensiva contra crime organizado

A Operação Snow, que contou com o apoio do Batalhão de Choque, da Força Tática e do Batalhão de Operações Especiais, visou desmantelar uma estrutura altamente sofisticada de distribuição de drogas, que conta com diversos membros, incluindo policiais cooptados.

Um dos bairros visitados pelas equipes foi a Vila Rica. Assim que acordaram, moradores presenciaram a movimentação da polícia na região. Ainda segundo moradores, nas Moreninhas também havia movimentação do Gaeco pela manhã.


Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a organização utilizava empresas de transporte como fachada para escoar a droga, além de empregar essas empresas na lavagem de dinheiro, ocultando a origem e o destino dos valores obtidos com o narcotráfico.

Um dos métodos utilizados pela organização era ocultar a droga em meio a cargas lícitas, principalmente em caminhões frigoríficos, dificultando a fiscalização policial nas rodovias. Além disso, transferiam a propriedade dos veículos entre empresas e motoristas, desvinculando-os dos verdadeiros proprietários para evitar chamar atenção em fiscalizações policiais.

Durante as investigações, foram identificadas mais duas toneladas de cocaína pertencentes à organização criminosa, apreendidas em ações policiais. Uma das estratégias utilizadas para transportar a droga de Ponta Porã até Campo Grande era o "frete seguro", no qual policiais civis transportavam a cocaína em viaturas oficiais caracterizadas, evitando assim a fiscalização de outras unidades de segurança pública.

Foram cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, sendo que três alvos já se encontram custodiados no sistema prisional e 33 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande e Ponta Porã.