Do casarão de Bernardo Baís, ficaram a fachada e os móveis entre netos

Em investigação pelo MPE (Ministério Público Estadual) desde novembro do ano passado, do casarão de Bernardo Carvalho Baís e Magdalena Ferraz Baís, restam a fachada e os móveis que decoravam a casa e foram divididos entre os herdeiros. Em outubro, o Planurb (Instituto Municipal De Planejamento Urbano) verificou alterações não autorizadas no imóvel e municiado de laudos técnicos e fotográficos, o Ministério Público, através da 26ª Promotoria, abriu inquérito para investigar dano ao patrimônio histórico e cultural, devido à demolição parcial da casa. A obra, à época, foi embargada.

O imóvel pertenceu à família Baís até 2013, depois foi vendido para os proprietários da conveniência Alemão, que no mesmo ano da compra, entraram e tiveram negado o pedido de demolição da casa para ampliação do estacionamento do comércio.

A casa está na Zeic (Zona Especial de Interesse Cultural) e elencada na Lei 161/2010, como bem de interesse para preservação histórica e cultural, que precisa de autorização do poder público para qualquer alteração. Uma demolição, mesmo que parcial, já configura crime contra o patrimônio público.