A disputa pelo PMDB para formar bloco na Assembleia Legislativo custou caro para o PSDB, de Reinaldo Azambuja. Para conseguir aliados considerados estratégicos, o partido acabou abrindo mão de participar da comissão mais importante da Casa, a Comissão de Constituição e Justiça, que pode derrubar projetos na Assembleia.
O PSDB teve que abrir mão da CCJ para conseguir apoio de Barbosinha (PSB) e Lídio Lopes (PEN). Agora, tem que torcer para nenhum dos deputados se rebelarem. Um deles na oposição comprometeria grandemente o governo.
Mesmo que Barbosinha e Lídio permaneçam fieis, Azambuja ainda correrá risco. Com o bloco, o PMDB ficará com duas vagas e, somado ao PT, terá maioria na CCJ, vencendo por três a dois. Na prática, mesmo com o governo nas mãos, o PSDB acabou ficando no prejuízo.
O bloco do PMDB ainda não definiu os integrantes da CCJ. Por enquanto, Maurício Picarelli (PMDB) é o único garantido. Falta definir o outro participante. Caso Mara Caseiro (PMB) não queira, o PMDB terá dois na CCJ. O PT indicará o deputado João Grandão.
Curiosamente, Barbosinha e Lídio, que não possuem bancada na Assembleia, conseguiram ganhar mais do que partidos que têm dois deputados. PR e PDT, por exemplo, têm quatro deputados na Assembleia, mas não conseguiram abocanhar vaga na comissão mais importante. Paulo Corrêa (PR) e Grazielle Machado (PR) seguiram Azambuja e Felipe Orro (PDT) e George Takimoto (PDT) não foram para nenhum bloco e estão sozinhos.
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