Em Mato Groso do Sul, foram notificados 493 casos em 2019, 265 em 2020 e 264 em 2021.

Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hanseníase é celebrado anualmente em 30 de janeiro. Em 2023, a data cai nesta segunda-feira (30).
Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), ao Correio do Estado, apontam que 43 pessoas foram diagnosticadas com a doença, em Campo Grande, no ano de 2022. Nenhum óbito foi registrado no ano passado.
Hanseníase é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium leprae.
É popularmente conhecida como bacilo de Hansen, em homenagem ao médico e bacteriologista norueguês, Gerhard Hansen, que identificou o bacilo causador da doença.
É uma enfermidade infectocontagiosa que atinge a pele e os nervos. A Hanseníase tem cura.
De acordo com a médica e professora do curso de Medicina da Uniderp, Ana Marques, a hanseníase não escolhe sexo e nem idade.
“Qualquer pessoa pode abrigar o bacilo e ao longo da vida apresentar a doença que se caracteriza por ser uma doença infecciosa de curso crônico de progressão lenta e incapacitante, deformidades muitas vezes irreversíveis, quando não tratada, e assim mantêm-se a transmissão”, explicou.
Sintomas
A doença acomete a pele, nervos, olhos e dá os seguintes sinais:
Manchas na pele, avermelhadas, marrons ou esbranquiçadas
Caroços dolorosos e inflamados
Inchaço das mãos e pés
Ressecamento dos olhos
Transmissão
A transmissão ocorre pelo ar ou contato pessoal próximo. Veja:
Tosse
Espirro
Secreção nasal
Contato com a pele
Contato com a saliva
Tratamento
A Poliquimioterapia Única (tratamento da Hanseniase) é feito por meio de medicamentos antimicrobianos, como rifampicina, dapsona e clofazimina.
O tratamento dura de seis a doze meses e é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Hospital São Julião
Mato Grosso do Sul abriga um hospital que é referência no tratamento contra a doença.
O ambulatório está localizado em Campo Grande, na região do bairro Nova Lima, a 15 quilômetros do centro.
Em Mato Groso do Sul, foram notificados 493 casos novos em 2019, 265 em 2020 e 264 em 2021, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.
Atualmente, diagnósticos e tratamentos precoces foram transferidos para as Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Inaugurado em 1941 como casa de leprosário e confinamento para tratar a hanseníase, o hospital completou 81 anos de história no ano passado.
Além de ser referência no tratamento da doença cutânea, também trata pacientes com tuberculose e oftalmologia.
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o local possui 36 leitos cirúrgicos, 74 leitos clínicos e realiza 70 cirurgias por dia, entre oftalmologia, cirurgia geral e otorrinolaringologista.
O Hospital realiza mais de mil cirurgias por mês, entre cirurgias oftalmológicas, gerais, vasculares e de otorrino.
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