Desviar de buracos da Bandeirantes em ruas paralelas pode ser má ideia

Pode não ser uma boa ideia usar ruas paralelas para fugir dos buracos da Avenida Bandeirantes, considerada pelos condutores como uma das mais críticas em termos de pavimentação atualmente em Campo Grande. A situação das vias alternativas é semelhante e revolta a população, que reclama de esquecimento por parte do poder público.

A Rua Engenheiro Roberto Mange, por exemplo, liga a Avenida Salgado Filho à Manoel da Costa Lima, recebendo outros dois nomes nesse trecho: Jataí e Engenheiro Alírio de Matos. Para o comerciante Marcelo Coura, 44 anos, ela está esburacada “de ponta a ponta”, com trechos beirando o intransitável.

”Ela está nessa situação há um ano. As ruas ficaram esquecidas. Tem perigo de acidente, quebra de suspensão de carros e pneu”, afirma. São poucos os cruzamentos em que a via não é preferencial, o que facilitaria bastante para quem precisa usar a Bandeirantes todos os dias e quer escapar do grande fluxo de veículos.

“Se você pegar essa rua de ponta a ponta, você vê o tamanho das ‘panelas’ que tem. Em alguns lugares tem que parar o carro, tem que ter muito cuidado, não pode andar na velocidade da via, que é 40 quilômetros por hora”, aponta o morador.

O técnico contábil Augusto César Coura, 50 anos, conta que em alguns pontos não há como desviar e o jeito é reduzir ao máximo a velocidade e passar por dentro das crateras. “Tomou conta da via toda”, afirma.

Ele diz que em outras avenidas e ruas de Campo Grande a situação é semelhante e reclama por não ver retorno nos impostos que paga e que poderiam ser revertidos para melhorias. “A cidade toda está esquecida, não é só aqui não”.