Parlamentar federal Loester Trutis (PSL) criticou quem não assinou CPI da Energisa.

Deputados estaduais reagem depois de ataques ofensivos
Plenário da Assembleia Legislariva nesta terça-feira (5) - / Foto: Izabela Jornada

Depois de serem chamados de “bundas-moles” pelo deputado federal Loester Trutis (PSL), parlamentares estaduais suspenderam a sessão desta terça-feira (5) para discutirem qual seria a reação diante dos xingamentos. A reunião a portas fechadas em uma sala atrás do plenário durou duas horas.

Eles abriram comissão de ética formada pelos deputados Felipe Orro (PSDB), Pedro Kemp (PT), José Carlos Barbosa (DEM) e Neno Razuk (PTB). Onevan de Matos (PSDB), Lídio Lopes (Patriotas), Renato Câmara (MDB) e Antônio Vaz (Republicanos) são os suplentes. O grupo aguarda que um dos colegas denuncie Trutis por falta de decoro.

Além disso, Felipe Orro (PSDB), presidente da Comissão de Direitos do Consumidor, encabeçará um movimento para arranjar um fato que justifique a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Energisa. A abertura de investigação contra a concessionária é o motivo de toda a confusão que recai sobre o Poder Legislativo.

Capitão Contar (PSL) tentou reunir assinaturas para iniciar o processo de apuração, mas só obteve seis de oito assinaturas necessárias: Antônio Vaz (Republicanos), Evander Vendramini (PP), Lucas de Lima (SD), Neno Razuk (PTB) e João Henrique (PL), além dele mesmo.

Os colegas consideraram a CPI dispendiosa por custar R$ 200 mil ao caixa da Casa de Leis e demorar no mínimo quatro meses para ter um resultado.

Trutis usou as redes sociais para criticar os deputados estaduais e chamou aqueles que não assinaram o requerimento de “bundas-moles” duas vezes, a primeira durante transmissão ao vivo pelas redes sociais e a segunda em um vídeo publicado ontem, quando diz que refletiu sobre o adjetivo atribuído aos pares e chegou à conclusão que era devido.

Ao deixar a reunião, os deputados afirmaram que o pedido de Contar não tinha um fato que motivasse a CPI, mas que a criação da comissão é de interesse do Legislativo.

“O primeiro requerimento não tinha fato determinado e por isso não prosperou. Continha um fato genérico. Vamos levantar algo concreto”, afirmou Herculano Borges (Solidariedade). “O presidente da comissão de direitos do consumidor está fazendo levantamento e reunindo uma série de documentos, agora, o que não dá é CPI fake sem objeto e fato determinado”, disse Gerson Claro (PP).

“Não estamos fazendo acepção de parlamentares e se a CPI do Orro não tiver fato determinado eu também não vou assinar. Não tenho problema nenhum em assinar a CPI do Contar, mas ele não tinha fato determinado, mas vamos analisar isso tudo”, disse Barbosinha (DEM).

Contar não estava presente na Assembleia e por isso não participou da reunião.