O adeus a Yasmin Gabrielle e o drama público de Whindersson Nunes ressaltam o dano produzido pela fama na saúde mental

O fim de semana foi marcado por duas notícias impactantes que relacionam famosos e a depressão
Ela ficou famosa ainda criança durante participação fixa no programa de Raul Gil.
Foi considerada uma garota prodígio da música e chegou a atuar como assistente de palco do veterano apresentador.
De acordo com postagens de parentes e amigos, Yasmin enfrentava um quadro severo de depressão. Suicídio é apontado como provável causa da morte.
Yasmin era órfã de mãe e estava afastada dos estúdios de TV desde 2017.
A depressão abalou também o youtuber mais bem-sucedido do País.
Dias atrás, Whindersson Nunes postou uma série de tweets para desabafar a respeito de seu estado mental.
“Eu não sinto tanta vontade de viver”, disse, para surpresa geral. O influenciador falou de maneira metafórica do receio de recair na depressão.
“É tão ruim ficar assim, porque já estive lá uma vez, não queria voltar pra lá porque é gelado e sem cor”.
Na edição atual da Veja, o colunista João Batista Jr. informa que Whindersson teve crises de pânico que o impediram de sair de casa recentemente.
Decidido a se tratar, o humorista passou a frequentar o consultório de um terapeuta e cancelou a maior parte dos shows.
Estima-se que deixará de ganhar cerca de 9 milhões de reais nos próximos três meses enquanto estiver com a agenda bloqueada para cuidar da saúde mental.
Os exemplos de Yasmin e Whindersson não são isolados. Transtornos emocionais são rotineiros no universo artístico.
Questões como pressão por sucesso, concorrência inimiga, rotina estressante e medo da decadência tiram muitos famosos do eixo.
O escritor e dramaturgo espanhol Fernando Arrabal encontrou definição perfeita para a inconsistência do estrelato: “A fama é um pedaço de nada que o artista agarra no ar sem saber por quê”.
Popularidade rima com felicidade, mas não garante tal estado de consciência.
Muitas celebridades descobrem isso e aí não sabem como lidar com o vazio existencial comum a qualquer pessoa, famoso ou anônimo.
Passa de 12 milhões o número de pessoas diagnosticadas com depressão no Brasil.
Incompreensivelmente, pouco se fala desse grave problema de saúde pública.
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