A sessão inaugural da Câmara de Campo Grande foi marcada por discursos brandos. O prefeito Alcides Bernal (PP) chegou a dizer que podem brigar com ele, porque não vai reagir. Já entre os vereadores, que são 29, há uma divisão entre quem vai ficar mais calado e quem vai manter a estratégia de oposição ao prefeito.

Após três anos de briga intensa, pouca gente acredita em paz e o prefeito não sai dos três vereadores na base, sem aliados de outrora, como o PT.

Bernal, no entanto, não deve enfrentar problemas para a aprovação de projetos. Todavia, com mais de 25 vereadores independentes, ele está mais exposto às críticas comuns em período eleitoral.

Só o tempo e a eleição dirá qual foi a melhor estratégia. Todavia, a contar pelo desinteresse da população e o desgaste da classe política, não só em Campo Grande, Bernal e os vereadores concordam que a eleição será difícil, diante da tendência de boicote e renovação política.

Os vereadores Mario Cesar e Edil Albuquerque, ambos do PMDB, já anunciaram que não concorrerão à reeleição e Airton Saraiva (DEM) aguarda resultado da investigação do Gaeco. Além deste desgaste político, alguns vereadores ainda sofrem com a briga judicial, onde são suspeitos de terem cassado o mandato de Bernal.

Após tanta briga, o tempo dirá quem ficará pelo caminho e se o prefeito fará companhia para os parlamentares não reeleitos. Com 29 na Câmara e o histórico de renovação, a tendência é de que alguns fiquem para trás.