A defesa do vice-prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte, desistiu do depoimento da vice-governadora Rose Modesto (PSDB), em processo onde ele responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

 Rose deveria ter prestado depoimento em novembro de 2015, mas adiou para janeiro deste ano e fez novo pedido para não depor, deixando a audiência para o próximo dia 5 de fevereiro, desta vez alegando que a agenda como governadora em exercício a impedia de comparecer.

Agora, coube à defesa do ex-vice-prefeito afastado pedir o cancelamento da oitiva com a vice-governadora. Ela não será a primeira dispensada pelos advogados de Olarte. André Puccinelli, Nelsinho Trad, Mario Cesar e até a esposa do vice-prefeito chegaram a ser convocados, mas posteriormente dispensados. Puccinelli chegou a comparecer no Tribunal de Justiça, mas foi dispensado, sem precisar depor.

A defesa de Olarte tentou substituir Rose por Paulo César Feitosa de Lima, mas não conseguiu. O desembargador explicou que Rose foi convocada no prazo legal, o que não aconteceu com a nova testemunha.

“A substituição de testemunha só pode ocorrer quando esta (a) falecer, (b) não se achar em condições de depor em razão de enfermidade ou (c) não mais for encontrada pelo Oficial de Justiça em virtude de mudança de endereço. Precedentes do STF. 3 Mediante singela diligência se perfez contato telefônico com a testemunha não localizada, que forneceu seu novo endereço para intimação, superando, assim alegação de cerceamento de defesa. Portanto, como nenhum dos motivos que justificam a substituição foi apontado, e porque realmente inexistem, indefere-se o pedido”, julgou Luiz Cláudio Bonassini.

Gilmar Olarte, Ronan Feitosa e Luiz Márcio Feliciano respondem por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Eles são suspeitos de usarem cheques obtidos com agiotas para, segundo acusação, comprar a cassação de Alcides Bernal (PP).