Todo o corpo clínico manifestou decisão de deixar os cargos na unidade de saúde, caso a atual situação não melhore.

O anúncio da demissão coletiva, apresentava por todo o corpo clínico médico da Santa Casa de Corumbá, a partir de dia 15 de janeiro, acendeu um alerta nas autoridades públicas, pois todo o setor da saúde de Mato Grosso do Sul poderá ser impactado.
De acordo com o site Diário Corumbaense, os médicos deixarão de exercer as atividades nas especialidades médicas de cirurgia geral, ortopedia, clínica médica, cirurgia vascular, pediatria, ultrassonografia, ginecologia/obstetrícia, cardiologia, urologia e anestesia.
No pedido, a equipe médica anunciou a saída caso não seja apresentada, pela Junta Administrativa do Hospital, uma “solução concreta e definitiva para a atual situação catastrófica que se encontra” a unidade de saúde.
Atualmente, a Santa Casa de Corumbá é mantida sob recursos federais, estaduais e municipais. Juntas, as verbas repassadas ao Corpo Clínico é de R$ 2,7 milhões mensais, insuficiente para cobrir as despesas avaliadas em R$ 4,5 milhões/mês.
O hospital público é a única unidade responsável por atender casos de média e alta complexidade, abrangendo a população de Corumbá, Ladário e da Bolívia.
Para o site, a prefeitura da cidade pantaneira informou que os repasses estão em dia e que, mensalmente, repassa R$ 799 mil. Em 2022, repassou mais de R$ 4,5 milhões a mais do contratualizado.
Já a Secretaria Estadual de Saúde alegou que as decisões administrativas cabem ao município, uma vez que o hospital é uma instituição filantrópica.
“A SES/MS reitera que ao longo de 2022 repassou R$ 4,1 milhões como apoio extra para execução em ações de saúde destinadas à instituição via Município e ressalta que os repasses contratualizados estão em dia junto a Santa Casa de Corumbá. A SES/MS lamenta o ocorrido e espera que a situação seja resolvida brevemente”, disse por meio de nota.
Caso os médicos deixem a Unidade de saúde, os pacientes atendidos por elas precisarão ser remanejados para outros municípios, sobrecarregando hospitais de outras regiões, inclusive Campo Grande, que já conta com uma alta demanda.
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