O Ministério Público rebateu as argumentações da defesa e opina pela continuidade da prisão preventiva

A defesa de Wilson Benevides de Souza, 29 anos, ingressou com um pedido de liberdade provisória com ou sem fiança e o Ministério Público Estadual já se manifestou contrário ao pedido formulado no dia 17 de maio.
Ele é acusado de atropelar e matar a motociclista Carla Jaqueline Miranda, 40 anos, no dia 27 de janeiro, na Avenida Prefeito Heráclito José Diniz de Figueiredo, região do Bairro Estrela do Sul, em Campo Grande.
O advogado Thiago Gomes Farias alega que é de conhecimento público que as penitenciárias não possuem capacidade para o número alto de presos e pede a soltura do acusado com urgência.
Thiago destaca, ainda, a pandemia do novo coronavírus, que coloca em risco a vida de pessoas que permanecem aglomeradas. A defesa alega que o suspeito não tem como interferir no andamento do processo, caso esteja em liberdade.
O Ministério Público rebateu a defesa e pede o indeferimento do pedido.
“Não há regra geral e o alastramento de pedidos de liberdade provisória e revogações de prisão preventiva fundados exclusivamente na existência da pandemia da COVID-19 caracteriza uma segunda pandemia, qual seja a pandemia paralela do agravamento do caos social, aumentando a insegurança pública e vulnerabilizando a sociedade com a soltura, se feita de forma generalizada como se pretende aqui, de criminosos de alta periculosidade, deixando a população, que já passa por um dos momentos de maior aflição já conhecidos, ainda mais temerosa, ainda mais assustada, ainda mais insegura”, diz o MP.
Conforme o Ministério Público, o suspeito não pertence ao grupo de risco e deve continuar atrás das grades.
Passagens
Ao todo, ele possui 47 ocorrências onde figura como autor ou testemunha.
Com várias passagens pela polícia, sua vida no crime começou enquanto adolescente, aos 17 anos, onde respondeu por ameaça e receptação.
Quando completou a maioridade, aos 18 anos, ele foi preso por ameaça (violência doméstica). Aos 21 anos, foi abordado por dirigir sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Aos 22 anos cometeu seu primeiro homicídio, no dia 25 de dezembro de 2012, no bairro São Conrado. Em 2013, cometeu seu segundo homicídio, ele foi acusado de matar um homem em uma festa no Jardim Imperial, em Campo Grande. Ambos os homicídios foram cometidos com arma de fogo.
Wilson também tem passagens por calúnia, tráfico de drogas e lesão corporal (violência doméstica) em 2019.
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