A Prefeitura de Campo Grande terá prazo de 30 dias para fazer a limpeza em obras paradas, terrenos destinados a praças, cemitérios e ruas. De acordo com o defensor Amarildo Cabral, o ofício com a solicitação será enviado nesta quarta-feira (dia 6) para a administração municipal.

Hoje, a Defensoria Pública instaurou investigação, batizada de “infestação chapa-branca”, para a apurar a omissão do município, do prefeito Alcides Bernal (PP) e de três secretários em manter terrenos e obras paradas limpas.

“Tem bastante reclamação. Pedindo limpeza em cemitérios, em obras paradas de Centros de Educação Infantil”, afirma o defensor.

De acordo com o documento, publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado, o fato “vem contribuindo para o alto grau de infestação do mosquito Aedes aegypti, conhecido vetor da dengue, da febre Chikungunya e do Zika vírus, situação essa que traz sabido risco à coletividade”.

O procedimento para apuração preliminar é contra o município; o prefeito; o secretário de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca; o titular da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Ruy Nunes da Silva Junior; e do responsável pela Seintrha (Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Amilton Cândido de Oliveira.

No mês passado, a defensoria Pública acionou a Justiça para cobrar que a prefeitura finalize 26 Ceinfs (Centro de Educação Infantil) em Campo Grande. Do total, 16 creches têm obras paralisadas, uma está em fase de construção e nove aguardam ordem de serviço da administração municipal.

Os 16 Ceinfs com obras paralisadas ficam nos bairros Jardim Centenário, Vespasiano Martins, Nascente do Segredo, São Conrado, Popular, Jardim Inápolis, Zé Pereira, Jardim Anache, Vila Nasser, Oliveira III, Jardim Talismã, Jardim Radialista, Moreninha II, Jardim Colorado, Nova Serrana e Jardim Nashville.

Na unidade do Zé Pereira, mutirão realizado pela prefeitura em janeiro encontrou larvas do mosquito. A obra está parada desde 2002. Na ocasião, o secretário de Saúde informou à reportagem que a responsabilidade é da construtora. O Campo Grande News solicitou informação à assessoria de imprensa da Prefeitura.