Primeiro debate dos pré-candidatos foi marcado por críticas ao enfrentamento da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro.

Debate que reuniu Mandetta, Leite e Ciro cita genocídio e banalização da presidência

Debate entre pré-candidatos à presidência da República em 2022, que reuniu o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), Ciro Gomes (PDT) e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), citou genocídio e banalização da presidência.

Conforme noticiado pelo O Globo, o primeiro debate de pré-candidatos foi realizado na última quinta-feira (22) e marcado por críticas ao enfrentamento da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e por propostas para a recuperação da economia.

O tom ameno e consensos para evitar críticas entre si foi usado, pois os pré-candidatos buscam uma alternativa eleitoral contra a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula (PT), que lidera as últimas pesquisas de intenção de voto, seguido de Bolsonaro. Os demais nomes aparecem num terceiro pelotão e não chegam a dois dígitos.

Ciro foi o primeiro a criticar Bolsonaro. O pedetista classificou a gestão da pandemia pelo presidente como criminosa e a classificou como "genocídio". Mandetta citou a CPI da Covid-19 e evocou as suspeitas de corrupção que pairam sobre o Ministério da Saúde para aquisição de doses do imunizante contra o vírus. “São tantos crimes cometidos por este governo, mas a pandemia é o maior de todos”, afirmou Ciro Gomes. 

Mandetta também se manifestou sobre o assunto. “Além de não adquirir vacinas, agora se coloca sob suspeição o uso do dinheiro da corrupção na compra”, disse. 

Em sua gestão como ministro da Saúde, Mandetta nomeou o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, demitido esta semana sob acusação de desvios na pasta.

Já Eduardo Leite disse que não se pode banalizar o impeachment. “A gente não pode banalizar o impeachment, mas também não pode permitir que se banalize a presidência. Temos uma CPI no Senado investigando fatos muito graves que merecem ter toda a atenção para, se for o caso, dar curso a um processo de impeachment”.

Ainda segundo O Globo, o governador gaúcho alegou que em uma eventual candidatura ao Planalto, está disposto a abrir mão da reeleição. 

Eduardo Leite vai disputar prévias no PSDB na tentativa de ser o escolhido do partido ao Planalto. Entre os participantes nas primárias da sigla estão ainda o governador João Doria, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.