Nomes de MS estão no portal nacional que reúne informações sobre os principais criminosos foragidos do país.
Desde segunda-feira (8), um portal nacional reúne informações sobre os principais criminosos foragidos do país. Cada estado indicou oito suspeitos considerados de alto risco e, de Mato Grosso do Sul, a lista traz de líder do PCC (Primeiro Comanda da Capital) a megatraficantes que ganharam “fama” nacional por fugas cinematográficas.
A seleção levou em conta fatores como a gravidade dos delitos atribuídos, possíveis vínculos com facções, quantidade de mandados de prisão e histórico de atuação além das fronteiras estaduais.
No topo da lista de Mato Grosso do Sul, está Gerson Palermo, de 68 anos. Conhecido pelo histórico de crimes ligados ao tráfico de drogas e assalto a bancos, ele ganhou notoriedade ao sequestrar um avião da Vasp em 2000, quando desviou a rota da aeronave para Porecatu (PR), com objetivo de roubar R$ 5,5 milhões em malotes bancários.
Pelos crimes, Palermo soma uma condenação de 126 anos de prisão, mas desde abril de 2020 está foragido. A fuga fez com que seu nome ganhasse, mais uma vez, destaque nacional. Isso, porque ganhou o benefício da prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, mesmo com a longa lista criminal.
O traficante fugiu oito horas após receber o benefício. Meses depois, a decisão, assinada em um plantão pelo desembargador Divoncir Schreiner Maran, virou alvo de investigação. Pela suspeita de venda de sentenças no Tribunal de Justiça, Divoncir foi alvo de duas operações: a Tiradentes e a Ultima Ratio.
Outro nome que ficou conhecido por sua fuga da justiça e também está na lista nacional é Antônio Joaquim Mendes Gonçalves da Mota, o Motinha, de 32 anos.
Motinha é apontado como o atual chefe do “Clã Mota”.
O narcotraficante escapou de três operações policiais, a última, denominada Magnus Dominus, de helicóptero.
Na véspera da ação policial, realizada em 2023, Motinha estava em uma propriedade rural que se estende entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Um dia antes da operação que faria sua prisão, um helicóptero pousou no lado paraguaio da fazenda, e o traficante fugiu do local.
O narcotraficante é o líder e chefe principal de uma organização criminosa armada de natureza paramilitar, criada para garantir a sua segurança pessoal, a de sua família e, sobretudo, a do tráfico na região de fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. Consta nas investigações que o Clã liderado por ele é um dos fornecedores de droga do PCC.
Outros nomes
Integrantes da facção paulista também fazem parte da lista de criminosos procurados em Mato Grosso do Sul. Um deles é Eder de Barros Viera, o Mistério de 43 anos.
“Mistério” foi apontado pela polícia como um dos autores do assassinato de Sandro Lucas de Oliveira, o “Alemãozinho”, que aos 24 anos foi vítima de “tribunal do crime”, como são chamados os justiçamentos ordenados por facções criminosas.
Nas investigações do crime, Eder foi identificado como chefe da facção em Mato Grosso do Sul. A ele foi atribuída a tarefa de comandar a estrutura nas ruas de Campo Grande da máfia surgida nos presídios de São Paulo. Aos 38 anos, Eder tinha ficha limpa até ser preso como mandante do assassinato de “Alemãozinho”, agora sua captura é considerada um das prioridades do estado.
Outro nome da lista é Cleber Laureano Rodrigues Medeiros, de 50 anos, também integrante da facção criminosa. Além do envolvimento no tráfico de drogas, ele é um dos envolvidos nas mortes de Marcelo dos Santos Vieira e Thiago Brumatti Palermo, encontrados dentro de um Ford Fiesta carbonizado, em uma estrada próxima ao bairro São Conrado, em Campo Grande.
A investigação revelou que os dois integravam uma rede ligada ao tráfico de cocaína da fronteira com destino a São Paulo, e teriam sido mortos após tentar repassar 40 quilos de gesso no lugar da droga. O crime foi julgado em outubro deste ano, mas como Cleber não compareceu, sua participação foi desmembrada do processo principal e ainda irá ao Tribunal do Júri.
Os outros três criminosos foragidos de Mato Grosso do Sul são: Osmar Pereira da Silva, 49 anos; Phillypi Junior Nunes Matos, 31 anos; e Ricardo de Souza, de 44 anos.
Ação nacional
O site passa a funcionar como um dos eixos do Programa Captura, iniciativa que busca unificar dados e facilitar a localização de suspeitos de alta periculosidade. Como parte da estratégia, o ministério vai instalar uma base operacional do programa no Rio de Janeiro, apontado como um dos principais destinos de criminosos que tentam se esconder de ações policiais em outras regiões.
Com essa estrutura, o governo promete reforçar o apoio às corporações estaduais e acelerar o compartilhamento de dados essenciais para encontrar e prender foragidos que circulam pelo território nacional.











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