Além de atrapalhar a vida dos trabalhadores que dependem do transporte público, o ônibus quebrado também prejudicou o trânsito, já que parou ocupando duas faixas da Afonso Pena.

De novo: Ônibus quebra na Afonso Pena e trabalhadores precisam seguir a pé
Além de atrapalhar a vida dos trabalhadores que dependem do transporte público, o ônibus quebrado também prejudicou o trânsito, já que parou ocupando duas faixas da Afonso Pena. / Foto: Eliel Dias/Jornal Midiamax

Um ônibus do Consórcio Guaicurus quebrou na Avenida Afonso Pena, em frente à prefeitura de Campo Grande. Lotado, o ônibus que fazia a linha 061 quebrou por volta das 7h, quando seguia em direção ao shopping. Muitos trabalhadores decidiram seguir o trajeto a pé.

A linha é fundamental para muitos trabalhadores que precisam chegar ao trabalho em região nobre de Campo Grande, principalmente por fazer uma rota muito longa. O 061 sai do terminal do bairro Moreninhas, região sul, e percorre 15 km até chegar ao shopping Campo Grande.

Com o ônibus quebrado, em frente à prefeitura, na Afonso Pena com a Rua 25 de Dezembro, muitos trabalhadores decidiram percorrer 3 km a pé, até o shopping. Isso porque além do ônibus quebrado, os que chegavam, estavam lotados.

 

Problema recorrente
Além da superlotação, espera demorada e péssimas condições dos ônibus, os usuários do transporte público ainda enfrentam problemas com a falta de manutenção da frota. O resultado é esse: ônibus quebrado e trabalhadores atrasados.

Enquanto trabalhadores enfrentam ‘perrengues’ diários para ir e vir do trabalho, vereadores de Campo Grande discutem a concessão do transporte público em CPI. Na tarde de quarta-feira (25), foi a vez de ouvir os usuários do transporte público.

Roda pegando fogo, parte articulada remendada com fita, goteiras, ferrugem e sujeira são algumas das características dos ônibus do Consórcio Guaicurus citadas pelos usuários do transporte público. Com a superlotação e falta de ar-condicionado, o cenário poderia ser usado em algum filme de Premonição, do gênero terror. A sugestão é de autoria de Gabriel Rodrigues, que participou de oitiva na CPI do Consórcio nesta quarta-feira (25).

Com participação de usuários no plenário da Câmara de Campo Grande e no Centro da cidade, cerca de 40 passageiros do transporte coletivo denunciaram o Consórcio.

Na audiência, citou arrecadação bilionária do Consórcio e que “é um absurdo que não conseguem trocar a frota”. Assim, relatou aos vereadores que se preocupa com a integridade física quando utiliza o transporte coletivo.