O rapaz morreu na tarde de segunda-feira (29) ao entrar em confronto com policiais militares na Avenida Duque de Caxias
Na visão do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Luiz Otávio Oliveira de Souza, de 23 anos, conhecido como “Tavinho do Caiobá”, era um criminoso já conhecido e corajoso. O rapaz morreu na tarde de segunda-feira (29) ao entrar em confronto com os militares na Avenida Duque de Caxias, na região do Núcleo Industrial.
Durante uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (30), o subcomandante do Batalhão de Choque, Major Cleyton da Silva Salles, deu maiores detalhes sobre a ficha criminal de “Tavinho”, que acumula passagens desde a adolescência.
“Era um criminoso já conhecido, que tinha a característica de ser muito corajoso. Ele tinha uma passagem de homicídio doloso, quando adolescente ainda, no ano de 2020”, detalhou.
Entre os casos atribuídos a Luiz, está a execução de Patrick de Arruda Rodrigues, de 19 anos, morto a tiros no bairro Aero Rancho, em fevereiro de 2024.
Também há o caso de “Mangote”, ocorrido em novembro deste ano, morto durante trocas de tiros na Avenida Cachoeira do Campo, no Portal Caiobá. Todos os casos foram registrados por câmeras de segurança.
Domínio
A motivação para os crimes, na visão dos policiais, era o domínio de boca de fumo na região do bairro Caiobá. Assim, as investigações apontam que as execuções tenham ocorrido por rixa.
“A gente acredita até que, pela natureza, pela forma como ele trabalhava no tráfico de drogas, seja alguma rixa na questão do domínio de boca de fumo da região”, pontuou.
Confronto
Na tarde de segunda-feira (29), os policiais realizavam rondas preventivas na Avenida Duque de Caxias, na região do Núcleo Industrial, quando avistaram Luiz Otávio em uma motocicleta.
Durante a checagem, foi constatado que a motocicleta, uma Honda CG, utilizava placa adulterada, que, na verificação, correspondia a uma Honda Bros.
Diante da irregularidade, os policiais tentaram realizar a abordagem ainda na via. Segundo a corporação, no momento da ação, o suspeito sacou um revólver calibre .38 e apontou a arma contra a equipe. Os policiais reagiram, e o homem foi atingido.
O suspeito chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo a polícia, além do revólver, Tavinho estava ainda com uma mochila com 754 gramas de maconha.
Envolvimentos
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Patrick de Arruda Rodrigues, de 19 anos, foi executado a tiros em fevereiro de 2024, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Patrick foi assassinado com um tiro no pescoço, outro no abdômen e um na mão esquerda.
Pelas imagens, é possível ver quando Patrick corre pela rua e tenta se esconder atrás de um carro. Logo em seguida, uma dupla chega em uma motocicleta, desce do veículo e vai atrás de Patrick. Em seguida, a vítima é agredida e atingida pelos tiros.
Patrick foi morto com um tiro no pescoço, outro no abdômen e um na mão esquerda. Após o crime, a dupla fugiu e não foi encontrada. Patrick também estava armado, mas os autores levaram a arma dele.
Populares disseram que os autores teriam dito “cadê o dinheiro” para o Patrick, antes de ele ser morto. A Polícia Militar e Civil foram acionadas para a ocorrência.
Mangote
Câmeras de segurança registraram a troca de tiros que ocasionou a morte de Marcelo, ou “Mangote”, na Avenida Cachoeira do Campo, no Portal Caiobá, em Campo Grande.
A troca de tiros ocorreu por volta das 5h19. Assim, conforme as imagens, a vítima aparece na garupa de uma motocicleta, quando é surpreendida pelo suspeito dos disparos, que estava ‘escondido’ atrás de um HB20, de cor preta.
O suspeito que aparece nas imagens demonstra estar ‘aguardando’ o momento ideal de realizar os disparos. Segundos depois, a vítima surge e inicia-se a troca de tiros.
Após Mangote cair, a alguns metros do local, o suspeito entra no banco do passageiro do HB20 e sai, tomando rumo ignorado. Além disso, toda a aglomeração que estava na via é dispersada.
Marcelo era conhecido na região e, conforme vizinhos, tinha histórico de ser “briguento”.
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