Em um desdobramento chocante, o companheiro da vítima se apresentou à polícia, mas negou o crime.

Crime Bárbaro em Maracaju: Vítima foi quase decapitada; suspeito se entrega, nega autoria e apresenta nova versão
A narrativa do suspeito, no entanto, já apresenta uma falha crucial. / Foto: Redes Sociais

Detalhes revelam que a mulher foi morta com extrema violência e que o assassino tentou limpar o sangue da cena do crime antes de fugir.

O caso do feminicídio que chocou Maracaju ganhou um novo e complexo capítulo na manhã desta sexta-feira (21). O principal suspeito do crime, E. S. S., de 31 anos, se apresentou à Polícia Militar por volta das 06h50, mas negou veementemente a autoria do assassinato de sua companheira, D. DA S., de 42 anos. Sua versão, no entanto, é confrontada por detalhes macabros sobre a execução do crime e por inconsistências em seu relato.

Cenas de Terror e Frieza

A investigação da Polícia Civil revelou a dimensão da brutalidade do crime. A vítima foi morta com um único e devastador golpe de arma branca, possivelmente um facão, na região do pescoço, em um ato que quase a decapitou.

Além da violência extrema do golpe fatal, o autor demonstrou uma frieza calculista ao tentar apagar os vestígios do assassinato. Peritos constataram que o sangue na sala da residência foi parcialmente limpo com um pano de chão, indicando uma clara tentativa de ocultar as provas antes da fuga.

A Versão do Suspeito

Ao se entregar, E. S. S. alegou que soube que estava sendo apontado como o autor do crime e decidiu procurar a polícia para "esclarecer os fatos". Segundo ele, na noite do ocorrido, ele e a vítima saíram de motocicleta para ir a um mercado, sofreram um pequeno acidente e retornaram para casa.

Ele afirma que, na residência, os dois discutiram e decidiram terminar o relacionamento. Foi nesse momento, segundo sua versão, que um terceiro elemento surgiu: um homem desconhecido que teria chegado em um Volkswagen Gol prata. Este indivíduo, segundo o suspeito, o ajudou a colocar seus pertences em um carrinho de mão para que ele fosse embora, e permaneceu na casa com a vítima após sua saída.

E. S. S. insistiu que câmeras de segurança de vizinhos poderiam comprovar sua história e o trajeto que fez ao deixar o local. Ele detalhou ter seguido pela Rua Mário Silva em direção à Zebulândia, até chegar à casa de uma tia na Vila Margarida.

Contradição e Provas

A narrativa do suspeito, no entanto, já apresenta uma falha crucial. Cerca de 30 minutos após sua apresentação, a polícia foi informada que seus documentos pessoais e seu celular foram encontrados na Rua Gilberto Alves, um local que não faz parte do trajeto que ele descreveu.

Um morador relatou ter encontrado os objetos sobre uma carteira perto do muro de sua casa ao sair para trabalhar, sugerindo que alguém pode ter se sentado ali e esquecido os pertences.

Investigação em Andamento

E. S. S. foi detido e encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Maracaju. O caso segue sob intensa investigação do Setor de Investigações Gerais (SIG), que agora trabalha para confrontar a versão do suspeito com as provas técnicas e testemunhais. A análise das câmeras de segurança da região será fundamental para confirmar ou desmentir o álibi apresentado e, finalmente, elucidar a autoria deste crime bárbaro que abalou a cidade.

O portal MaracajuSpeed acompanhando o caso, e assim que obtivermos maiores informações, voltamos com novas matérias.