Ele estava com a mãe, que também foi golpeada.

Criança palestina de 6 anos é assassinada com 26 facadas nos EUA
Ele estava com a mãe, que também foi golpeada. / Foto: Cair National

Um homem de 71 anos foi acusado de crime de ódio, após matar a facadas um menino palestino de 6 anos em Illinois, nos Estados Unidos.

De acordo com o G1, a mãe da criança também foi ferida e está em observação, segundo as autoridades.

O crime aconteceu no sábado (24) em Plainfield Township, cerca de 64 km a sudoeste de Chicago. O menino foi esfaqueado 26 vezes com uma faca de estilo militar com lâmina serrilhada de 18 cm, disse, em comunicado, o Gabinete do Xerife do Condado de Will.

A mãe, de 32 anos, sofreu múltiplas facadas e espera-se que sobreviva ao ataque.

"Os detetives conseguiram determinar que ambas as vítimas deste ataque brutal foram alvo do suspeito devido ao fato de serem muçulmanas e ao conflito em curso no Oriente Médio envolvendo o Hamas e os israelenses", disse o Gabinete do Xerife do Condado de Will.

O órgão também informou que o suspeito foi acusado de homicídio em primeiro grau, tentativa de homicídio em primeiro grau, duas acusações de crime de ódio e agressão agravada com arma mortal.

Embora o suspeito não tenha feito quaisquer declarações aos detetives, como é seu direito constitucional, a polícia disse que determinou as acusações através de entrevistas e provas.

Quando a polícia chegou ao local, disse ter encontrado o suspeito sentado no chão do lado de fora de casa com um corte na testa. As vítimas estavam em um quarto.

O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) identificou o menino como Wadea Al-Fayoume e disse que a mulher, Hanaan Shahin, era sua mãe.

“A retórica islamofóbica e o racismo anti-palestina que estão sendo difundidos por políticos, meios de comunicação e plataformas de mídia social devem parar”, disse o CAIR na plataforma de mídia social X.
O diretor do FBI, Christopher Wray, alertou no sábado a conferência da Associação Internacional de Chefes de Polícia para permanecer alerta "neste ambiente intensificado".

"Não há dúvida de que estamos vendo um aumento nas ameaças relatadas, e temos que estar atentos, especialmente aos atores solitários que podem se inspirar em eventos recentes para cometerem sua própria violência", disse Wray na conferência em San Francisco.

Em comunicado, o presidente dos EUA, Joe Biden, condenou o que chamou de "assassinato brutal", prestou condolências à família do menino e desejou a plena recuperação da mãe

"Este horrível ato de ódio não tem lugar nos EUA e vai contra os nossos valores fundamentais: a libertação do medo pela forma como rezamos, pelo que acreditamos e por quem somos", afirmou.