As instituições têm até 23h59 da sexta-feira (12) para enviar a proposta formal à estatal.

Correios: bancos fecham proposta de empréstimo de R$ 12 bilhões à estatal
Os Correios acumulam prejuízos desde 2022 e registram déficit de R$ 6,1 bilhões. / Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Um grupo de cinco bancos fechou uma proposta para emprestar R$ 12 bilhões aos Correios. Participam da oferta Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. As instituições têm até 23h59 da sexta-feira (12) para enviar a proposta formal à estatal.

Depois, os Correios precisam aprovar a operação no conselho de administração e, na sequência, encaminhar o pedido de garantia à Secretaria do Tesouro Nacional, etapa considerada essencial para destravar o financiamento.

Os Correios informaram ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC que ainda não receberam a proposta formal das instituições.

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O empréstimo ficou abaixo dos R$ 20 bilhões buscados inicialmente pela empresa para recompor o caixa e cobrir compromissos imediatos. A própria estatal já admitia a possibilidade de fatiar a captação em mais de uma rodada, diante do custo financeiro e das limitações impostas pela regra de garantias.

O pano de fundo é a deterioração do resultado em 2025. As demonstrações contábeis do 3º trimestre indicam prejuízo acumulado de aproximadamente R$ 6,06 bilhões nos nove meses encerrados em 30 de setembro.

Primeira rodada travou com proposta acima do teto
Na rodada anterior, quando os Correios pediram os R$ 20 bilhões, um consórcio formado por Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra apresentou condições em torno de 136% do CDI, acima do teto definido pelo Tesouro Nacional como parâmetro para operações com garantia da União. Já a nova proposta teria cumprido esse requisito.

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Em paralelo às negociações, o governo publicou o Decreto nº 12.774, de 9 de dezembro de 2025, que altera regras do processo de transição entre estatais dependentes e não dependentes e abre espaço para que empresas em dificuldade apresentem planos de reequilíbrio, inclusive contemplando operações de crédito com garantia da União.