A Coreia do Norte confirmou nesta sexta-feira (9) seu quinto teste nuclear, considerado o mais potente realizado pelo regime. A mídia estatal local, citada pela rede norte-americana CNN, afirma que o artefato pode ser montado em foguetes balísticos.

O governo norte-coreano declarou também que o lançamento deve abrir caminho para “uma variedade de ogivas nucleares menores, mais inflamáveis e diversificadas, com maior poder de ataque ”. O teste foi feito durante as celebrações do 68º aniversário do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, o único do país.

Melissa Hanham, pesquisadora sênior do Centro James Martin para Estudos de Não Proliferação, diz à CNN que “é difícil verificar a alegação” feita pelo regime de Kim Jong-Un. “Meu grande medo é que eles lancem uma arma nuclear em um de seus mísseis, mas isso seria extremamente perigoso, como também poderia provocar uma guerra”, afirma.

A Coreia do Sul, o Japão e os Estados Unidos condenaram o teste, alegando que ele seria uma “clara violação” às resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Park Geun-hye, presidente sul-coreana, classificou o ditador do Norte como um “fanático imprudente”.

Segundo Park, “a única coisa que o regime de Kim Jong-Un pode ganhar com os testes nucleares são sanções maiores da comunidade internacional e seu isolamento”. A chefe de Estado da Coreia do Sul acredita que a atitude pode marcar o “caminho da autodestruição” para a Coreia do Norte.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, um terremoto de 5.3 graus de magnitude foi detectado próximo à cidade de Punggye-ri, na província de Kilju, onde ocorreu o teste e os outros quatro anteriores – o mais recente, até então, foi em janeiro.