O Consórcio afirma que não foi comunicado sobre a greve conforme prevê a legislação.

Consórcio entra na Justiça e pede retorno de pelo menos 30% dos ônibus
Ônibus estacionados no pátio da Jaguar. / Foto: Silas Lima

O Consórcio Guaicurus ingressou com uma ação, na manhã desta terça-feira (21), solicitando que os trabalhadores voltem a trabalhar com pelo menos 30% do efetivo. 

A Legislação prevê que “serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação”.

O Consórcio afirma que não recebeu o comunicado e ingressou na Justiça, em regime de urgência, solicitando o retorno do serviço.

Agereg

O secretário titular da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Odilon Júnior, determinou que os motoristas do transporte coletivo que iniciaram greve de surpresa e de forma ilegal nesta terça-feira (21), retornem imediatamente a prestação de serviços.

“Houve a paralisação [dos motoristas] sem a prévia comunicação de 72 horas ao poder público e ao Consórcio. Diante disso, a Agencia está determinando a regularização do serviço de forma imediata. Para que o usuário não seja penalizado de forma alguma.”

Odilon reforçou que a Prefeitura de Campo Grande não tem medido esforços para baixar as tarifas e pediu respaldo do Governo do Estado e União. Ele salientou que a gestão, conseguiu evitar greve ao início do ano e deixou em R$ 4,40 a tarifa, assumindo a responsabilidade de arcar com o custo dos alunos das escolas municipais e das gratuidades municipais. 

“Neste momento, é importante que cada ator social assuma a sua responsabilidade. Que o Estado assuma a responsabilidade dos usuários da rede de ensino estadual, que é três vezes maior que a municipal. E que a União assuma o pagamento da tarifa dos idosos. Isso ajudaria o fluxo de caixa do sistema de transporte e faria frente aos sucessivos aumentos do diesel que é o principal insumo, e que gera custo na passagem.”

Os motoristas alegaram falta de pagamentos por parte da empresa, e trabalhadores e estudantes tiveram a infeliz surpresa na manhã de hoje.

Até o momento não foi comunicado se houve a retomada dos serviços na Capital.