Comando Nacional convoca caminhoneiros a parar o País

O Comando Nacional do Transporte (CNT) anuncia um nova paralisação dos caminhoneiros de todo o Brasil. Os motoristas da área de transporte estão convocados para paralisar sua atividades, a partir de hoje, com o fim de protestar contra o descaso do Governo Federal para com a categoria e com toda a nação.

O Comando convida os transportadores a interromperem suas atividades a partir de hoje, contra o descaso do governo em relação a diversas reivindicações da categoria. Em nota, o Comando afirma que será um movimento integrado com a manifestação do dia 13, cujo foco é o combate à corrupção. A proposta é que os caminhoneiros não parem ás margens das rodovias, mas em locais seguros, como postos de combustíveis, como forma de mobilização.

"Ou paramos ou vamos todos a falência, chega de orgulho, chega de tapar o sol com a peneira, quem depende realmente do transporte sabe das dificuldades e sabe a necessidade de mudanças", afirmou o CNT em comunicado, quando a paralisação foi anunciada. Os caminhoneiros cobram a redução de 40% do valor do óleo diesel, aposentadoria para motoristas aos 25 anos de trabalho e piso salarial nacional para empregados, dentre outras exigências.

Em nota recente, os líderes da manifestação afirmaram que a pauta, no entanto, vai além da categoria. "Frete baixo, falta de cargas, estradas ruins e pedágios caros são alguns dos itens da pauta, mas além disso, e o mais importante item, é a união da categoria pela queda desse governo corrupto e já declaradamente impossibilitado de exercer suas funções".

TRANSPORTE Apesar do anuncio do Comando, para o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ponta Grossa e Região (Sinditac), Neori "Tigrão" Leobet, não deverá haver grande adesão ao movimento. O principal motivo é a safra, que movimenta os transportadores, com um frente com um preço razoável. "Além disso, quem está falando dessa greve são pessoas que não tem nada haver com o sindicato", declara. Assim, ele avalia que não há legitimidade ao falar que é uma manifestação da classe caminhoneira. "Se os caminhoneiros entenderem que querem fazer uma greve, vamos ajudar numa realização de pauta, de reivindicações e o sindicato assume. Mas será protocolado, junto ao governo e na Secretaria da Presidência, a pauta de reivindicações, e será dado um prazo, para, se não cumprido, aí sim ir para a rua e deflagrar greve", completa o líder sindical.