Segundo moradores, situação se arrasta há anos e não tem recebido atenção das autoridades

Com venda de drogas a cada esquina, moradores do Residencial Gregório Correa, em Campo Grande, estão vivendo sob o medo e a insegurança devido ao aumento da criminalidade e tráfico de drogas no bairro. Segundo relatos, duas 'bocas de fumo' dominam a região, e a situação, que se arrasta há anos, não tem recebido atenção das autoridades.
"Tem duas bocas de fumo no bairro e todos sabem quem comanda as duas. Todos têm medo dos dois", desabafa um morador, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
Ele conta que, mesmo com o conhecimento geral sobre os responsáveis, as ações policiais nunca foram realizadas para acabar com o tráfico. Segundo o morador, nos últimos cinco anos, a presença da polícia no bairro é praticamente inexistente.
"Queríamos entender por que nada é feito. Tem cinco anos que elas existem e a polícia nunca passou na frente delas. Nas esquinas só vemos jovens se acabando com as drogas, coisas roubadas passando na rua, coisas ilícitas acontecendo, menores se prostituindo", denuncia.
Ainda conforme o morador, a situação piorou após a remoção da Favela do Mandela. Segundo os vizinhos, os moradores foram retirados, mas os barracos foram deixados para trás e estão sendo utilizados por usuários de drogas e criminosos para armazenar objetos roubados.
"Agora, os usuários que viviam no Carandiru, na Mata do Jacinto, desceram para cá e estão usando os barracos para usar drogas e guardar coisas roubadas", afirma.
Inseguros e sem apoio do poder público, os moradores que precisam conviver com essa realidade sofrem com a criminalidade diariamente.
"A gente, cidadão de bem, que precisa trabalhar, tem que aguentar tudo isso: usuários usando droga na porta da gente, pedindo comida todo dia, oferecendo coisas roubadas. Queríamos entender por que a segurança pública não faz nada", questiona um morador.
Os moradores temem que o bairro se torne uma nova Nhanhá, bairro conhecido na cidade pelo histórico de violência e tráfico de drogas.
"Queríamos que as autoridades viessem aqui fazer uma operação para acabar com essas bocas de fumo que existem. A região está virando uma Cracolândia. Isso acontece em todas as ruas do bairro. Se vir aqui você vai ver, isso se não forem no seu carro oferecer drogas, como muitas vezes fazem", desabafa.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Polícia Militar e aguarda retorno.
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