Mato Grosso do sul permanece na lista de alertas sobre os baixos índices de umidade do ar

Com umidade entre 8% e 20% em MS, saiba como driblar efeitos do tempo seco
Mato Grosso do sul permanece na lista de alertas sobre os baixos índices de umidade do ar / Foto: Hidratação é grande aliada contra os baixos índices de umidade do ar (Foto: Henrique Arakaki, arquivo Jornal Midiamax)

Mato Grosso do sul permanece em alerta sobre os baixos índices de umidade do ar. A situação é crítica em todo o Estado, mas algumas cidades enfrentam índices menores que 12% – o que é considerado de grande perigo, devido aos riscos à saúde. Enquanto a chuva não chega, a população precisa redobrar os cuidados.

Conforme o Cemtec-MS (Cento de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), a umidade relativa do ar permanecerá baixa, com valores mínimos entre 8% e 20% na maior parte de Mato Grosso do Sul. O centro também indica que a situação se estende pelos próximos dias, afinal, não há previsão de chuva até o 19 de agosto. Depois disso, há uma pequena possibilidade, porém, somente nas regiões sul e sudoeste.

Essa condição meteorológica, com presença de ar seco, favorece a alta amplitude térmica diária, sendo assim, as diferenças de temperaturas mínimas e máximas podem exceder os 20°C no mesmo dia.

Segundo critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde), a umidade ideal para a saúde dos seres humanos deve estar entre 50% e 60% e Mato Grosso do Sul apresenta índices muito abaixo.

Água de coco também é recomendada para manter hidratação (Foto: Nathalia Alcântara, arquivo Midiamax)
Cartilha de orientação da Vigidesastres (Programa de Vigilância em Saúde Ambiental Associada aos Desastres), da SES (Secretaria Estadual de Saúde), reforça que a baixa umidade do ar pode desencadear diversos problemas de saúde.

Entre as possíveis complicações estão: quadros alérgicos, doenças pulmonares, sangramento no nariz, dores de cabeça, desidratação, ressecamento de olhos, boca e pele, eletricidade nas pessoas ou equipamentos eletrônicos, além de outras ocorrências.

As recomendações para superar o tempo seco e reduzir os riscos são: ingerir bastante água, umidificar o ambiente, evitar exposição ao sol e atividades físicas nos horários mais quentes, além de redobrar a atenção quanto ao uso de fogo e ao descarte de materiais que possam provocar incêndios.

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Atividades físicas devem ser evitadas em horários mais quentes do dia (Foto: Nathalia Alcântara, arquivo Midiamax)
Portanto, ao notar sinais graves, é necessário procurar atendimento médico. Além disso, é fundamental reforçar a atenção aos sintomas, principalmente nas crianças e idosos, pois são mais suscetíveis à desidratação.

Ao Jornal Midiamax, o diretor-geral do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Dr. Paulo Eduardo Limberger, ressalta que além do tempo seco e do calor intenso, os incêndios também contribuem para queda na qualidade do ar e para o aparecimento de doenças respiratórias.

O médico explica que pessoas que sofrem com problemas respiratórios, como asma, bronquite e alergias, podem ter seus sintomas agravados. “O ressecamento das mucosas facilita infecções oportunistas, como resfriados e gripes”.

Cuide-se
Hidrate-se constantemente: beber água regularmente é essencial, principalmente para crianças e idosos que podem não perceber a necessidade de se hidratar. Ofereça líquidos diversas vezes ao dia e monitore o estado de hidratação.
Evite atividades físicas nos horários mais quentes: praticar exercícios ao ar livre deve ser evitado entre 10h e 16h, quando as temperaturas e a radiação solar estão mais elevadas.
Cuide da pele e lábios: use hidratantes ricos em emolientes logo após o banho e durante o dia. Para os lábios, um protetor labial ajuda a prevenir rachaduras e desconforto.
Proteja os olhos: O uso de lágrimas artificiais pode aliviar a irritação ocular em ambientes secos.
Evite banhos quentes e longos: prefira banhos curtos e frios para não remover a oleosidade natural da pele, que ajuda na proteção contra o ressecamento.
Umidifique os ambientes: utilize umidificadores de ar para manter a umidade em níveis confortáveis (entre 40% e 60%). Essa prática alivia o ressecamento das vias respiratórias e da pele.
Ventile os ambientes: embora a umidificação seja importante, garantir a circulação de ar fresco evita o acúmulo de alérgenos e melhora a qualidade do ar interno.
Soluções salinas nasais: o uso de soro fisiológico nas narinas ajuda a manter as vias respiratórias umedecidas, prevenindo irritações.
Cuidados com grupos vulneráveis: crianças e idosos devem ser monitorados e estimulados quanto à hidratação e ao conforto em ambientes secos.