Com risco de morte, paciente aguarda há 5 anos por cirurgia
Paciente mostra raio-x com prótese quase perfurando o intestino dela e clama por socorro. / Foto: Hedio Fazan

Marines Sperandio, de 41 anos está clamando por socorro do poder público. Há 5 anos ela está com uma prótese desgastada que substitui o osso do fêmur e precisa de uma revisão de artoplastia total de quadril. O problema, segundo ela, é que a ponta da prótese está encostando no intestino que pode ser perfurado a qualquer momento podendo causar a a morte da paciente. Segundo ela, essa informação foi repassada pelo médico que atendeu o caso. Marinês tem uma sentença que determina ao Estado de Mato Grosso do Sul a realizar o procedimento. No entanto, o prazo venceu em 22 de janeiro deste ano, sem que nenhuma providência fosse tomada.

"O Estado entrou em contato informando que era para eu participar da Caravana da Saúde que aconteceu esse ano em Dourados. Porém, ao chegar no local, o médico me consultou mas informou que não poderia realizar a cirurgia devido a gravidade do quadro e por não haver a prótese a disposição. Eu estou muito preocupada porque se eu tiver que tirar a prótese, sem outra ficarei acamada. Por outro lado, se eu permanecer com ela posso morrer a qualquer momento. Hoje minha situação é desesperadora. Ando com muita dificuldade, sinto muita dor e se eu tropeçar, posso ter meu intestino perfurado e morrer. Gasto com medicamentos caros para comprar remédios para tratar as dores e as tarefas do dia-a-dia estão impossíveis de serem realizadas. Eu preciso da prótese urgentemente", clama.

Marines conta que a primeira cirurgia que fez para a implantação da prótese foi feita em 1994, ou seja, há 16 anos, quando foi vítima de um acidente de trânsito.

Decisão

Uma recente decisão da Justiça Federal lembrou que sentença no ano passado julgou procedente o pedido e deferiu medida cautelar, com determinação para que o poder público agendasse o procedimento no prazo de 15 dias para a primeira vaga disponível, sob consequencia de multa diária no valor de R$ 600 em caso de descumprimento da tutela de urgência. Segundo a paciente, a prótese custa R$ 180 mil. Ela também apresentou orçamentos de consultas no valor de R$ 850 mil e esses valores tiveram bloqueio de verbas do poder público para futura realização dos procedimentos.

Questionada, a Assessoria de Comunicação da Secretaria Estadual de Saúde informou que está analisando o caso da paciente e que em breve poderá dar mais informações a respeito.