Segundo vereador, Dourados segue há 10 dias sem conflitos territoriais.
Apesar de diversas cidades da região registraram ocorrências de invasões e conflitos territoriais nos últimos dias, intensificados pela votação do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou o Marco Temporal, Dourados segue com um acordo verbal em vigência que tem mantido os ânimos menos acalorados, são dez dias sem registrar confrontos na cidade.
O Dourados News entrou em contato com o presidente da frente parlamentar municipal em defesa da solução dos conflitos entre indígenas e proprietários e terras, vereador Rogério Yuri (PSDB) que ressaltou os trabalhos do grupo para mediar os recentes conflitos na região da Perimetral Norte, em Dourados.
Segundo ele, já são dez dias sem confronto entre as partes e um acordo verbal foi firmado para que não ocorra mais retomadas ou tentativas por parte dos indígenas, com os sitiantes se comprometendo também a não realizar expulsões. “Ficou acertado dentro de um acordo de boca entre as partes que não haverá mais retomadas além do que já houve bem como não haverá a tentativa de expulsão dos indígenas por parte dos proprietários. Esse acordo foi feito tendo como testemunha o representante da procuradoria federal, Funai e Defensoria Pública Federal, não foi aceito assinarem papel algum por parte dos Indígenas, mas deram a palavra que se manteriam onde estão e vice e versa”, explica.
O vereador disse ainda que existem pessoas políticos partidárias que estão tentando impedir o acordo inicial e atrapalhar novas negociações. “Publicações contrárias como site ligado ao partido PCO (Partido da Causa Operária) que fomentam a continuação de retomada sem acordo. Em contra partida já falamos com diretores da Sanesul e solicitamos que fosse levado água potável aos indígenas até por uma questão humanitária, sendo esse um pedido deles para que mostremos a verdadeira intensão, que é ajudar a construir uma solução para ambos os lados”.
O grupo também entrou em contato com deputados estaduais na semana passada, solicitando apoio com a questão da falta de água nas aldeias.
“Após as primeiras reuniões já conseguimos ver movimentações em Brasília onde Ministério Indígena e Funai já constituíram uma frente de acompanhamento das crises que envolvem Guaranis e Caiuás”, finaliza.
No dia 13 de setembro o grupo realizou a sua primeira reunião, junto à sucursal de Dourados da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), onde levantaram a necessidade de garantir a segurança na região e encaminharam requerimento ao Ministério da Justiça, pedindo que aldeias indígenas de Dourados recebam parte da equipe da Força Nacional que atua no Estado e, neste momento, se concentra em Amambai.
Além disso, foi solicitada a criação de uma comissão que irá ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) buscar indenização para os grupos considerados lesados, sejam indígenas ou proprietários rurais.
Conforme o Dourados News noticiou, no dia 15 de setembro a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva de quatro homens e uma mulher acusados por crimes supostamente cometidos contra moradores e trabalhadores em propriedades rurais localizadas na região Noroeste de Dourados.
O inquérito elaborado sob coordenação da Primeira Delegacia de Polícia de Dourados foi entregue recentemente ao MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) e investiga o caso denunciado no dia 14 de agosto de 2023. O caso, foi declinado e repassado à Justiça Federal no final de agosto.
Depoimentos relatam supostas invasões de sitiocas às margens da MS-162 – extensão da Avenida Guaicurus, e a antiga pedreira, além de episódios de ataques, ameaças e disparos de arma de fogo, conforme denúncias descritas no documento no qual o Dourados News teve acesso.
Além dos quatro homens e mulher citada no inquérito, o grupo envolve cerca de outras 15 pessoas, incluindo crianças, que estão no local montando moradias improvisadas reivindicando o território como sendo supostamente indígena.











Olá, deixe seu comentário!Logar-se!