
Wesley Safadão não para nem um segundo no palco. É capaz de mandar cinco, seis músicas de uma vez, sem firulas com o público. É naquele ritmo de forró, arrocha e uma mistura do Nordeste do País que o cantor começa a mostrar a sua faceta hiperativa. Em Campo Grande, como o grande ídolo da Expogrande, o músico demonstrou simpatia e uma verdadeira vocação à autoajuda, com letras que incentivam a volta por cima, principalmente após desilusões amorosas.
O show começou por volta da 1h da madrugada e terminou praticamente às 3 horas, deixando quem pagou pelo ingresso orgulhoso. Para abrir e fechar, ele cantou o que todo mundo queria ouvir, “Camarote”, uma de suas músicas de maior sucesso. Em seguida, mandou “Sou ciumento mesmo”, “Segunda opção”, “Leva eu pra tua casa”, “100% muito louco” e “Eu tô de boa”.
Deu uma paradinha para brincar com o público. “Eu digo sempre no meu show que todo relacionamento começa com Jorge e Mateus, termina com Pablo e a volta por cima é com o Safadão”, afirma. A descrição combina perfeitamente com a proposta de praticamente todas as músicas de Wesley. Tem o sofrimento e o amor, mas o que não falta mesmo é a “safadeza”, com direito a balada, amiga parceira de festa e aquela cutucada no ex, que fez uma escolha errada ao te deixar.
Depois da brincadeirinha, o cantor já emenda um “Vai Safadão, vai Safadão”, seu hino repetido exaustivamente durante as três horas e outras músicas conhecidas pelo público, o que mostra que o artista é bem mais que “99% anjo e 1% vagabundo”. A estimativa do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) é de que 30 mil pessoas estiveram na Expogrande na noite de ontem, um número bom comparado aos outros dias de festa, que muitas vezes nem chegaram a conquistar uma plateia razoável. É importante lembrar que o show quase não foi esse recorde, já que a empresa Santo Show sofreu um embate com o Procon (Superintendência de Orientação e Defesa do Consumidor) que precisou intervir para garantir a meia-entrada aos estudantes, que tem direito a 40% do número de ingressos.
A atendente Alexandra Santos, 21 anos, estava desde as 18 horas esperando uma chance de ver Wesley. Equipada com um presente que incluía um porta retrato com a foto da família do músico, a bolacha favorita dele, um Oreo e outros doces, ela não arredava o pé da fila no camarim. “Sou fã dele desde o show no VillaMix, fiquei apaixonada. Olho todos os dias notícias sobre ele. Decidi dar o porta retrato porque ele vai casar agora, achei que seria um bom presente homenagear a família dele”, ressalta.
Na lista de fãs, admiradores supremos do cantor, estão os que adotam até o visual do músico. Edinho Sales, 29 anos, não tem vergonha das longas madeixas que deixou crescer por três anos e meio e faz progressiva para manter liso. “Faz tempo que eu gosto dele, uns sete ou oito anos. Minha família é do Ceará, então essa alegria eu carrego de lá”, diz, empolgado.
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