Buraco impediu entrada das viaturas e bombeiros tiveram que controlar o fogo apenas com abafadores e sopradores

Com abafadores e sopradores, Bombeiros controlam incêndio que consumiu 6 hectares de mata
Buraco impediu entrada das viaturas e bombeiros tiveram que controlar o fogo apenas com abafadores e sopradores / Foto: Incêndio na vegetação em área urbana (Foto: Helder Carvalho, Midiamax)

Um incêndio de grandes proporções atingiu uma área de cerca de 6 hectares no bairro Residencial Aquarius 2, em Campo Grande, na tarde desta sexta-feira (15). A área queimada fica entre a Rua Praia Grande e as Avenidas Nasri Siufi e Conde de Boa Vista, na região oeste da cidade.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas as viaturas não conseguiram acessar o local devido à dificuldade do terreno. Segundo o Sargento Micael, a equipe teve que entrar a pé na área. “A dificuldade é que o fogo chegou em uma parte onde há um buraco fundo. Não conseguimos acessar”, explicou o sargento.

Para conter as chamas, os bombeiros usaram abafadores e sopradores. A ação rápida evitou que o fogo se alastrasse para uma área de mata próxima. “Usamos abafadores e sopradores pra conter as chamas ali, porque se chegar do outro lado pode atingir a mata”, afirmou Micael. Apesar da grande extensão, a situação foi controlada antes que o fogo atingisse a mata.

Morador relata ocorrências recorrentes
Ramão Nascimento da Silva, um borracheiro de 50 anos que mora e trabalha em frente à área, relatou os transtornos causados pelo fogo. “Começou o incêndio perto do meio-dia. Não vi quem foi, mas a gente sabe que sempre ateiam fogo aqui”, disse ele.

De acordo com Ramão, os incêndios são recorrentes nessa época do ano, principalmente porque a área não é limpa. “Nessa época do ano é sempre assim. Como ninguém limpa o terreno, o povo põe fogo”, comentou. Ele ressaltou que esta é a segunda vez em poucas semanas que o local é incendiado. “Esta é a segunda vez já que ateiam fogo nos últimos dias. Duas semanas atrás, colocaram do outro lado”, completou.

Ramão reclamou ainda do perigo e o incômodo do incêndio para a comunidade, especialmente quando o vento sopra em direção às casas. “Complicado enquanto o vento está pra cá. Aí é aquele transtorno. As crianças começam a ficar mal, tosse, espirro, fora o fedor e a sujeira da fuligem”, concluiu.