Aos 58 anos, ele tem ao todo 7 filhos homens, 15 mulheres e diz que segredo é ser corumbaense e ter samba no pé.

Com 22 filhos, João Doçura tem todos registrados e ainda é amigo das 10 exs

Na juventude, o corumbaense e sambista João da Conceição Moraes era mulherengo de primeira classe, conhecido por "João Delas". O apelido foi mudando para "João das Gatas" e, finalmente, estacionou em "João Doçura". O nome, quase autoexplicativo, se deve ao fato de o funcionário público e dono de um salão de festas no bairro Moreninhas ser um recordista em número de filhos, o Mr. Catra campo-grandense. Registrados devidamente no cartório, são 22 meninos e meninas com o sobrenome do paizão.

"São 22 filhos de 11 mães diferentes", comenta ele, 10 a menos que o carioca Mr. Catra. Com tanta gente na família, ele custa a lembrar o nome de todos e quase deixa uma de suas meninas de fora da contagem. Depois de pelo menos 5 minutos forçando a memória, saem os nomes de todos.

O mais velho é Marcos Antônio, de 40 anos, o único que mora fora do Estado, em Cuiabá. Depois vem Telles, já falecido. A  partir daí, a ordem de idade se perde e ele segue a lista. "Tenho o Jaspel, Quim Hebert, Daiany, Giedra, Tatiani e Alberto. Esses eu tive em Corumbá, ainda jovem, e alguns vieram morar em Campo Grande".

Os outros filhotes são Tabatah, Louis, Arilene, Gabriela, Francieli, Milena, Andrey, Marcos Marcelo, Tainara, Alessandro Silva, Cristiane, Cíntia, Catarine e Marcela. Ao todo, 7 homens e 15 mulheres, tanta gente que nem a câmera fotográfica um dia deu jeito de registrar todos juntos!

Uma das poucas fotos em que a família aparece quase completa.

O motivo de tantos herdeiros ao longo da vida é explicado pela tranquilidade com que dizia levar a situação. "A gente não se preocupava não, era tudo uma grande curtição", conta. O homem que, pelo jeito, é mais doce que caramelo, diz ter fechado a fábrica depois de seu caçula Marcos Marcelo. "Eu penso que hoje eu já estou com 58 anos. Daqui dez anos ele vai ter 17 e eu 68, então se eu tiver mais não vou dar conta de criar", explica ele, que faz conta de deixar bem claro que "ainda dá no couro".

De estilo único, João diz que a mulherada até hoje cai em cima, mesmo sendo casado. "Eu sempre me vesti diferente. Sou extravagante mesmo. Mudo meu cabelo, e o meu estilo varia com a roupa que uso, então acho que é isso que causa o assédio''. A filha mais nova, a ciumenta Tainara, confirma. ''Eu saio com ele e as mulheres dão em cima mesmo. Eu fico com ciúmes e saio perguntando da onde ele conhece elas''.

Ele tira sarro e brinca que, pra ser igual a ele, é preciso duas coisas: ser corumbaense e ter samba no pé. ''Esse é o segredo'', diz.

Se lembrar do nome de cada um já é difícil, saber a data de aniversário deles é impossível. ''A mãe tem que me ligar um dia antes pra lembrar do dia, senão esqueço mesmo. Já esqueci até do meu''.

Se rola uma escapadinha até hoje? O Doçura diz que sim. ''Em relação a minha mulher eu acho assim, o que os olhos não vem o coração não sente'', diz ele, que completa afirmando que sua ''esposa já sabia onde estava se metendo''.