O programa espacial da China lançou nesta quinta-feira (22) seu primeiro satélite de controle global das emissões de dióxido de carbono, o principal gás causador do aquecimento global, a fim de observar que países cumprem ou não com seus compromissos na luta contra a mudança climática.

O aparelho, chamado TanSat e de 620 quilos, foi lançado do Centro de Jiuquan, no Deserto de Gobi (noroeste do país), e orbita a 700 km da Terra, sincronizado com o Sol, informaram os responsáveis da missão através da agência oficial de notícias "Xinhua".

A China é o terceiro país do mundo, depois de Estados Unidos e Japão, que disporá deste tipo de satélite, com o qual a segunda maior economia do mundo - maior emissor de CO2 do planeta - procura "entender melhor a mudança climática e dispor de dados independentes" para a elaboração de políticas ambientais, afirmou a Xinhua.

"O TanSat examinará os níveis planetários de CO2 a cada 16 dias, com uma margem de erro inferior a quatro partículas por milhão, e será capaz de detectar variações atmosféricas mínimas", afirmou Ying Zengshan, chefe da equipe de projeto do aparelho no instituto de pesquisa de satélites da Academia Chinesa de Ciências.

"O novo satélite dá mais voz à China na mudança climática, na redução de emissões e nas negociações, com maiores argumentos no comércio destas", destacou a agência Xinhua.