O indígena ficou 15 dias internado com coronavírus e faleceu na última segunda-feira (18), em Dourados.

Cassiano, enfermeiro durante 29 anos nas aldeias de MS, morreu antes da vacina chegar

Apaixonado pela profissão e também pelas causas indígenas, o enfermeiro Cassiano Ribeiro Alvarenga, não resistiu ao coronavírus e morreu na véspera da chegada da vacina Coronavac em Dourados, na segunda-feira (18), depois de ter ficado 15 dias internados. Ele tinha 55 anos e boa parte deles foram vivenciados no cuidado dos próprios irmãos da Reserva Indígena Federal.

Cassiano era um profissional dedicado, segundo relatos de colegas e familiares. Ele trabalhava na Atenção Primária à Saúde do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), no polo-base Dourados. Ao todo foram 29 anos dedicados à enfermagem.

Além de atuar profissionalmente nas aldeias indígenas de Dourados, quando trabalhou como técnico de enfermagem no Hospital da Missão Evangélica Caiuá, o enfermeiro natural de Amambai e de etnia Caiua, também era membro da Igreja Presbiteriana de Dourados.