Para a primeira-dama, Capital terá a primeira Casa do País graças a união de esforços do tripé Governos Federal, Estadual e Municipal.
A primeira-dama, Andréia Olarte, manifestou sua alegria e orgulho pelo o fato de a participação da Prefeitura Municipal de Campo Grande, por intermédio do total apoio do prefeito Gilmar Olarte, ter sido fundamental para a construção, em tempo recorde de seis meses, da Casa da Mulher Brasileira, tornando-se a primeira do País a oferecer atendimento de primeiro mundo às mulheres vítimas de violência.
Segundo a primeira-dama, há mais de um ano tentava-se aprovar o projeto para a construção da Casa. Com amplo respaldo do prefeito Olarte, equipes da atual administração mobilizaram-se para agilizar a construção desse sonho, desde a emissão do alvará, até abertura e asfaltamento de rua, implantação de ponto e linha de ônibus, plantio de árvores e o mais importante, a cedência de cerca de 40 servidores, que desde novembro do ano passado, estão recebendo capacitação para prestar atendimento qualificado e humanizado às mulheres.
A Casa representa um grande avanço, uma vitória de todas as mulheres, ressaltou Andréia, independente de cor partidária, credo religioso, raça ou posição social. "Não tenho dúvidas que Campo Grande vai se tornar referência para as demais capitais brasileiras de enfrentamento à violência contra a mulher", disse.
Outro ponto importante apontado pela primeira-dama é o critério adotado para a contração das pessoas que vão trabalhar na Casa, reforçando a política de inclusão social da administração Gilmar Olarte. Serão contratadas mulheres negras; indígenas que falam as línguas guarani e terena; LGBT; pessoas com deficiências física, visual e auditiva e professores de libras.
No dia da inauguração da Casa, anunciou Andréia, será inaugurada também a Patrulha Maria da Penha, composta por mulheres da Guarda Municipal. Ela detalhou que as mulheres que estiverem em medida protetiva vão ter um canal direto com a Patrulha por meio do "Botão da Vida", tratando-se de um aplicativo para smartphone. Ao ser acionado, ele denunciará à Polícia Militar e à Guarda Municipal o momento em que a mulher sofrer a agressão.
O custo do aplicativo Botão da Vida foi de R$ 20 mil, adquiridos com recursos da Prefeitura e do Tribunal de Justiça do Estado. Andréia anunciou que outra ferramenta que vai ser adotada no combate à violência contra a mulher refere-se à tornozeleira, que será colocada no agressor. O projeto está em fase de licitação. Da mesma forma que o Botão da Vida, ele acionará as polícias caso o agressor se aproxime da vítima.
Em encontro realizado nesta quarta-feira (28/01), com participação de movimentos organizados de mulheres feministas, vereadoras, ex-gestoras de políticas para as mulheres, entre outras, Andréia destacou que, com a inauguração da Casa, as mulheres vítimas de violência ou que estão em situação de risco passarão a ter voz. "Elas vão receber todo o suporte necessário. Caso haja necessidade, serão recolhidas na própria Casa até por 48 horas, enquanto perdurar a situação de risco. Até berçário será oferecido", informou.
Atendimento prioritário
A Prefeitura de Campo Grande será responsável pela administração e manutenção da Casa da Mulher por meio da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, que tem como titular Liz Derzi.
A previsão é que sejam prestados por mês 4 mil atendimentos pelas diversas instituições que estarão funcionando todos os dias em plantão 24 horas. A Casa vai agregar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), juizado, defensoria, promotoria, equipes dedicadas ao trabalho psicossocial, ações voltadas a orientação para emprego e renda, binquedoteca e área de convivência.
A inauguração da Casa está programada para o próximo dia 3, às 9 horas, quando devemos ter, entre outras expressivas autoridades, a presença da presidente Dilma Rousseff.
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