Segundo delegado Hoffman D'Ávila nos últimos dois anos tráfico de cocaína aumentou na Capital.

Após nova apreensão de pasta base de cocaína em uma casa na Vila Jacy, em Campo Grande, na tarde quarta-feira (18), o delegado titular da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) disse em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (19) que a Capital se tornou um entreposto de drogas que são enviadas para outros estados do país.
Nesta terça-feira, dois homens de 36 e 39 anos, acabaram presos em ação conjunto entre a Delegacia de Polícia Civil de Coxim e a Denar. No depósito, localizado na Rua Itaporã, os policiais encontraram 122 kg de pasta base de cocaína e mais 10kg de maconha.
Conforme apurou o Campo Grande News, os presos foram José Luiz Franco dos Santos e Alexandre Gauna Luge. O primeiro foi abordado enquanto entrava na casa em um carro Onix e no porta malas estavam várias caixas de papelão com as drogas. À polícia ele confessou que havia sido contratado para guardar o entorpecente, mas se recusou a dar mais informações
Já Alexandre saiu do local caminhando e foi abordado por outros policiais. Ele contou que seria funcionário de José e que era responsável por realizar o “corre' de buscar a droga na fronteira e trazer para Campo Grande. OU seja, atuava como motorista do homem. Ambos receberam voz de prisão pelo tráfico de drogas.
De acordo com o delegado Roberto Guimarães, o entorpecente foi avaliado em R$ 2 milhões e José acabou não resistindo quando foi abordado. “Aceitou e disse ‘perdi, a droga tá ali. A droga provavelmente estava dentro da casa e quando chegamos eles estavam fazendo a retirada para fazer o transporte', detalhou.
Entreposto – Ainda durante a coletiva, o delegado Hoffman, explicou Campo Grande acabou se tornando o entreposto de drogas que são enviadas para outros estados, por conta da posição geográfica, a logística, valor agregado e o custo benefício para o traficante.
“Há uma formação de consórcio entre os criminosos, que trazem a droga para Campo Grande e aqui pulverizam para outros estados. Principalmente para o centro-sul do país onde o entorpecente chega a triplicar de valor',explicou Hoffman.
Além disso, o delegado afirmou que no Estado a apreensão de cocaína e pasta base aumentou nos dois últimos anos e a de maconha diminuiu, por conta do valor agregado e o transporte do entorpecente.
“A apreensão de pasta base e de cocaína aumento nos últimos dois anos, em razão das novas rotas para esse tráfico e também pelo valor. Cocaína hoje vale em média R$ 25 mil. Ainda tem a logística para os criminosos transportaram essa droga que em tese é mais fácil, pelos recursos usados pelos traficantes que dificultam um pouco a fiscalização', detalhou.
No entanto, Hoffman destaca que mesmo com o aumento, há uma troca de informações e um trabalho de inteligência da polícia para que o a atuação contra o tráfico de drogas continue eficaz em todo o Estado.
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