Campo Grande tem uma esquina carioca, onde só falta o mar e Copacabana

De um lado, Ipanema e Arpoador, de outro, Leblon. As quatro torres fazem, desde os anos 80 e 90, o encontro da Rua 13 de Junho com a Avenida Afonso Pena, o cruzamento mais carioca da cidade. Os planos da construtora eram de também trazer Copabacana a Campo Grande, mas a Dallas Engenharia encerrou as atividades antes, deixando até mesmo o Leblon para trás.

“Aquelas torres são um dos prédios mais bem construídos de Campo Grande e não é porque eu quem construí não”, se gaba o arquiteto e urbanista Leonídio Pereira Mendes. Ele explica que a época anterior ao “advento” do plástico, tubulação de esgoto era feita de ferro fundido e a de água, de cobre. Uma das justificativas para a “boa construção”.

A Dallas foi uma construtora carioca, com sede no Rio de Janeiro e que pelo escritório em Campo Grande ergueu edifícios tradicionais. Para fazer das origens a “marca”, a ideia era de que as obras levassem nomes dos bairros do Rio. Com exceção do Dona Neta, comprado no meio da construção e o Oliveira Lima, condição imposta pela família que vendeu o terreno, de que o prédio levaria o sobrenome.