O índice de reajuste dos servidores municipais proposto pelo prefeito Alcides Bernal (PP), de 2,79, é abaixo do que haviam pedido os sindicatos das diversas categorias, que lotaram a Câmara para pedir que os vereadores rejeitassem a proposta. Para o presidente do legislativo municipal, houve má fé do Chefe do Executivo.

“Fomos receptivos e cumprimos nosso papel. Buscamos inclusive intermediar, de forma oficial, o entendimento. Entendo que houve má-fé (do prefeito), porque na prática ela daria 3,57% agora e o restante só em dezembro”, disse o vereador João Rocha (PSDB), presidente da Câmara.

O tucano revelou que na sessão da terça-feira (5), que terminou às 21h30, pelo menos mil servidores municipais, de diversas categorias, passaram pela Casa pedindo que os vereadores não aprovassem o projeto.

“A Câmara vai servir de intermediadora. Estamos disponíveis para o Executivo e para os servidores, e aquilo que eles acordarem vamos aprovar em regime de urgência”, avisou João Rocha.

Bernal afirmou na manhã desta quarta-feira (6), durante coletiva no Paço Municipal, que em virtude da reprovação do projeto na Câmara o máximo de reajuste oferecido seria 2,79%, obedecendo, segundo ele, a legislação vigente, que impede aumento de salarial superior à inflação acumulada do período em menos de seis meses antes do pleito eleitoral.

O projeto que previa 9,57% de reajuste, para algumas categorias de forma escalonada, teve apenas um voto favorável, do vereador Cazuza (PP), que acabou sendo hostilizado por servidores presentes na Câmara.