Dívidas de cartão de crédito e outras despesas, como financiamento imobiliário, vão poder ser renegociadas.
O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, anunciaram a possibilidade dos caminhoneiros renegociarem suas dívidas com o banco.
Dívidas de cartão de crédito e outras despesas, como financiamento imobiliário, vão poder ser renegociadas.
As negociações começam nesta segunda-feira (19).
"A caixa já tem uma renegociação com 3 milhões de pessoas, de até 90% de desconto. Seiscentas mil pessoas evitaram de perder suas casas.
Temos um volume significativo de caminhoneiros que também podem evitar de perder suas casas a partir de negociação que já tínhamos e ampliamos para os caminhoneiros", disse Guimarães.
O anúncio foi feito durante live do presidente Bolsonaro, transmitida em sua conta no Facebook.
Ele acrescentou que a renegociação é para crédito na CEF. Para casos de crédito no Banco do Brasil ou Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa precisaria negociar com os bancos.
Bolsonaro acrescentou que estão ocorrendo conversas com esses dois bancos para repetir as negociações também nessas instituições.
O presidente da Caixa também disse que o governo fará um anúncio "revolucionário" a respeito de crédito imobiliário nesta terça-feira (20).
Segundo ele, a novidade valerá para novos contratos.
"A gente não pode mexer nos contratos antigos, mas vai gerar bastante demanda, bastante emprego. Será algo revolucionário".
Críticas à Alemanha e Noruega
Bolsonaro também criticou a Noruega, que decidiu congelar seus repasses para o Fundo Amazônia. Dias antes, a Alemanha havia anunciado a suspensão de repasses de verba para o fundo.
"A [chanceler alemã] Ângela Merkel, disse que não vai mais mandar 80 milhões de Euros para preservar a Amazônia. Pega essa grana e refloreste a Alemanha.
A Noruega também não vai mandar uma importância equivalente. Manda para a Ângela Merkel", disse ele.
Em seguida, Bolsonaro disse que a Noruega "não tem moral para dar exemplo para nós" e afirmou que o país promove "matança de baleia".
O presidente ainda acusou os dois países de estarem interessados nas riquezas do solo brasileiro.
"Esse pessoal que fica fazendo campanha contra o Brasil não tem exemplo para dar. Eles estão preocupados com as riquezas, não estão preocupados com as árvores da Amazônia".
Jogos Pan Americanos
O presidente voltou a elogiar a atuação dos atletas brasileiros nos jogos Pan Americanos de Lima, realizados nos meses de julho e agosto.
Nos 19 dias de jogos, o Time Brasil conquistou 171 medalhas e garantiu o país no 2º lugar do quadro geral de medalhas, com 55 de ouro, 45 de prata e 71 de bronze.
É a segunda vez que o Brasil alcança o segundo lugar no quadro geral. A primeira vez havia sido nos jogos de 1963, em São Paulo.
"Conseguimos um segundo lugar nos jogos. Há muitas décadas a gente não conseguia isso. E grande parte dos atletas veio do programa Força no Esporte, administrado pelas Forças Armadas.
Esse trabalho não é de agora, veio de governos anteriores mas, com certeza, será melhorado", disse o presidente.
Bolsonaro ainda disse que estuda a possibilidade de enviar um projeto de lei que permita que os atletas medalhistas em competições do porte de Olimpíada e Jogos Pan Americanos possam incorporar, em caráter de estabilidade, aos quadros militares.
Ele, no entanto, ainda ouvirá o ministro da Defesa, General Fernando Azevedo e Silva, e os comandantes das Forças Armadas para saber se a medida é possível.
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