João Carlos Franco, de 50 anos de idade, Daniel Mizael Ramiro Marques, de 26, e Everton da Silva Dorneles, 20, terminaram uma caçada que iniciaram no dia 27 de janeiro de forma inusitada. Depois de serem dados como desaparecidos pela família, foram resgatados pela Polícia Militar Ambiental, mas acabaram presos.
O trio saiu para caçar próximo à Fundação Bradesco, no município de Miranda, na terça-feira (27). Como a família não conseguia manter contato, procurou a polícia com o registro de desaparecimento.
A família iniciou as buscas na quarta-feira (28). Sem sucesso na localização, buscou apoio da Polícia Militar Ambiental.
Na quinta-feira (29), contando com o apoio do Corpo de Bombeiros, os três foram localizados por volta das 11h30 e estavam debilitados. Confirmaram que haviam se perdido na mata e passaram aproximadamente 50 horas sem água e alimentação.
Depois de recuperados, eles confessaram que estavam praticando caça e depois de algumas buscas na região foram localizadas as três armas. Foram apreendidos: duas espingardas calibre 36 e uma calibre 22, além de duas facas e três cartuchos deflagrados.
Eles também afirmaram que não haviam abatido nenhum animal, mas que haviam perseguido um cateto, uma queixada e um porco monteiro. Como não conseguiram acertar, ficaram sem alimento e se alimentavam de brotos de bacuri e à noite subiam em árvores com receio do aparecimento de onças pintadas.
Devido ao porte ilegal de armas e por praticarem caça sem autorização, receberam voz de prisão. Depois de medicados, foram conduzidos juntamente com as armas e os cartuchos deflagrados à Delegacia de Polícia de Miranda, local onde foram autuados em flagrante por caça predatória e por porte ilegal de armas.
Se condenados, poderão pegar de dois a quatro anos de reclusão pelo porte ilegal de arma e mais de seis meses a um ano de detenção pelo crime ambiental. Os infratores ainda receberam multa individual correspondente a R$ 1.500.
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